Enviada em: 05/11/2018

Relativo à manipulação do comportamento do usuário pelo controle  de dados na internet, é possível afirmar que ainda há muito o que progredir para se superar essa problemática, visto que persistem situações como o uso da internet para propagar notícias falsas e a utilização indiscriminada de algoritmos para estimular o consumo de bens. Contudo, com as medidas certas pode-se contornar esses problemas.       Em primeiro lugar, a utilização das redes sociais para propagar notícias falsas cresceu muito nos últimos anos. Segundo dados do CCT-UFCA, Centro de Ciências e Tecnologia da Universidade Federal do Cariri, nove de cada dez usuários da internet já se depararam com alguma notícia falsa em suas redes sociais nos últimos doze meses de acesso à internet. Afirmam, ainda, que não confiam nas empresas donas das redes sociais para fazerem o controle do que é informação verdadeira ou falsa. Entretanto, estes usuários declaram que têm confiança de fazer compras via internet.       Em segundo lugar, a utilização de algoritmos que estimulam o consumo de produtos através da rede mundial de computadores vem aumentando nos últimos cinco anos. Segundo uma levantamento feito pelo Fecomércio, Federação dos Comerciários, o número de vendas pela internet cresceu mais de dois mil porcento nos últimos cinco anos. Os analistas dessa instituição creditam esses números ao fato do uso de algoritmos, afirmando que os programas inteligentes traçam um perfil do usuário durante a navegação e armazenam para posteriormente converter em forma de propagandas bens que o usuário possa se interessar, mesmo sem serem necessários.       Sendo assim, fica claro que a falta de vigilância governamental contra a propagação de notícias falsas e da estimulação de compra indiscriminada de produtos via internet são o problema. Cabe, ao Governo Federal implantar medidas de vigilância do conteúdo que circula na internet, buscando parcerias privadas para a fiscalização ativa contra algoritmos abusivos e notícias falsas. Ademais, o Governo Federal precisa retirar incentivos fiscais das empresas que forem pegues abusando dessas inteligências artificiais que estimulam as compras e implantar penas duras contra a propagação de notícias sem a identificação de sua origem. Cabe, também, às ONGs promoverem debates contra as notícias falsas e campanhas educativas sobre o consumo consciente na internet.