Desde a Revolução - Técnico - Científico - Informacional, o acesso e controle de informações se tornou muito mais fácil. No contexto da contemporaneidade, em que as pessoas estão cada vez mais conectadas, o domínio de dados pode ser utilizado como mecanismo de manipulação. Assim, através do uso de tais informações, ideologias políticas, bem como comerciais, podem se promover e influenciar o controle das massas. Nesse sentido, são necessárias ferramentas que garantam a privacidade dos dados do usuário, além de meios que verifiquem as informações divulgadas nas mídias sociais. A priori, vale destacar como o universo político se utiliza de informações, verídicas ou não, para influenciar os cidadãos. No entanto, tal comportamento não é um problema hodierno, tendo em vista que Hitler, durante o nazismo, se utilizou da propaganda de informações, muitas vezes falsas, para ganhar o apoio dos alemães. Diante disso, no auge das mídias sociais, é notório como partidos políticos se utilizam das redes sociais como veículo para a divulgação de dados tendenciosos ou até "fake news" - notícias falsas - para denegrir outros partidos políticos e influenciar, através disso, os eleitores. Nessa lógica, tem - se o presidente Donald Trump, que se utilizou do aplicativo Facebook, para coletar e disseminar informações, o que contribuiu para sua vitória nas eleições. Dessa maneira, torna - se imprescindível a discussão de mecanismos que avaliam a veracidade das informações divulgadas na rede. Igualmente, cabe pontuar a utilização, por parte de empresas, de informações pessoais de usuários da rede para o direcionamento de suas campanhas publicitárias. Assim, diante da perspectiva de que aproximadamente 65% das pessoas com 10 anos ou mais usam a internet, segundo dados do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - torna - se evidente o interesse das empresas em um mercado tão vasto. Nessa conjuntura, empresas, como o Facebook, se utilizam de dados e informações fornecidas, para indicar comerciais, jogos e produtos que parecem com as características desses dados. Dessa forma, podem influenciar o comportamento das pessoas a adquirirem produtos ou aderirem a uma causa. Logo, são imperativas ferramentas que garantam a proteção dos dados dos usuários na rede. Diante do exposto, portanto, é inegável a utilização, por partidos políticos ou empresas, de informações para manipular o comportamento dos cidadãos.Logo, é mister que o Ministério da Comunicação em parceria com as mídias sociais garantam a privacidade dos usuário, através de ferramentas digirais, que consultem e informem o cidadão antes de fornecer algum dado seu a um terceiro, a fim de que a segurança e a autonomia do indivíduo sejam respeitadas. É imperativo também, que ONG's especializadas apurem as notícias da rede, através de uma plataforma, na qual seja feita a checagem dos fatos, para que assim, as pessoas não sejam enganadas ou manipuladas por falsas verdades.