Enviada em: 05/11/2018

A internet mudou muito desde a sua invenção. Ela foi criada como meio de comunicação mas, atualmente, ela é utilizada também como um importante instrumento de mudança comportamental. Todavia, essa atitude torna-se problemática quando ocorre a manipulação dos usuários para que haja um controle da informação que chega até ele, causando a perda da autocrítica e incentivando o consumo desenfreado.    A princípio, é importante ressaltar que a perda do senso crítico frente as notícias está entre as causas do problema. segundo o historiador Leandro Karnal numa palestra no Café Filosófico CPFL, as pessoas aceitam como verdadeiras as opiniões que convergem com o seu modo de pensar. Nesse contexto, as opiniões divergentes são consideradas como falsas e, logo, são descartadas. Dessa forma, grande parte da população não questiona a veracidade das informações recebidas e preferem compartilhar o que lhes agrada, esquecendo-se que o conhecimento nasce da dúvida, como proferido pelo filósofo Descartes.     Ainda, o fluxo excessivo de ofertas de produtos na internet amplia esse problema. No modelo fordista de produção a lógica é a produção em massa. Com isso, intensifica-se a propaganda para que este produto seja vendido. Assim, os sites de busca, as redes sociais e os e-mails pessoais ficam lotados de ofertas que só param de intimidar o usuário quando os compra. Desse modo, a insistente propaganda induz parte dos internautas à comprar produtos que não necessitam, intensificando este problema.    Fica evidente, portanto, que o comportamento dos usuários da internet é manipulado para que haja um controle da informação que chega até ele. Por isso, o Ministério da Comunicação deve criar propagandas que estimulem o questionamento e incentivem as pessoas a buscarem informações contrárias à sua opinião, divulgadas por intermédio de todos os meios de comunicação como: rádio, televisão e internet, para que as pessoas busquem opiniões diferentes. Ademais, o Governo Federal deve incentivar a fiscalização das agências de propaganda, por meio de denúncias  via internet, para que o internauta não seja coagido à comprar sem planejamento.