A Constituição Federal do Brasil assegura em seu artigo 5° o direito à liberdade de expressão. Entretanto, nota-se no cenário atual que esse direito está sendo usado de forma preocupante na internet atravéz da manipulação de ideias e pensamentos, tornando a sociedade um mero fantoche da indústria cultural e contribuindo para sua alienação frente as decisões contemporâneas. Nesse sentido, é importante rever a situação social bem como seus efeitos. Em primeiro plano, é importante destacar que a velocidade com que as informações e conteúdos se propagam na internet torna-se um elemento significativo para o agravante da problemática. Essa situação favorece o número de afetados e , de acordo com a teoria da indústria cultural dos sociólogos Theodor Adorno e Max Horkeimer, contribui para moldar e influênciar o comportamento do indivíduo na tomada de decisões. Assim, é visível que a sociedade é manipulada para adentrar aos padrões sociais do consumo e dos conceitos da atualidade. Além disso, segundo pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 85°/° da população que utiliza a internet são jovens. Dessa maneira, a internet possui a capacidade de influêciar mais facilmente esse indivíduos, uma vez que estão em processo de formação do senso crítico e vulneráveis à mudanças de identidade. Como consequência, se cria uma sociedade impensante e alienada. Urge, portanto, que ações sejam viabilizadas para amenizar o quadro. Nesse sentido, o Estado brasileiro, por meio do Ministério Público, deve financiar grupos de profissionais para ministrar campanhas sociais, publicitárias e midiáticas nos meios de comunicação e em ambientes públicos, com o objetivo de alertar aos indivíduos as formas de manipulações existentes na internet e suas características. Essa iniciativa do Governo Federal é importante porque problematizaria a temática, alertaria a sociedade civil como um todo e desconstruiria a manipulação na internet.