Enviada em: 05/11/2018

É indubitável que a criação do computador, no contexto da II Guerra Mundial, gerou um impacto direto na chamada Era digital. Com efeito, nota-se, no que se refere à manipulação comportamental do usuário no âmbito virtual contemporâneo, uma conjuntura problemática. Isso se evidencia, não só pelo uso deliberado no âmbito tecnológico, mas também pelo processo alienatório decorrente disso.       Primordialmente, de acordo com dados divulgados pelo IBGE somente 64,7% das pessoas de 10 anos ou mais de idade utilizam a internet. Nesse sentido, é incontrovertível o alto índice de usuários conectados na Rede, indivíduos esses, que estão sujeitos ao controle – disseminado – de dados implícitos; depreende-se, portanto, que essa parte do tecido social está vulnerável a ser persuadido, acarretando, consequentemente, efeitos nocivos, logo atemporais e tendentes a permanência.       De maneira análoga, segundo Durkheim Lamarck, o fato social e o meio, respectivamente, são responsáveis na formação ideológica, comportamental e cultural do indivíduo. Destarte, tomando como norte a máxima desses ideários, é possível inferir que a alienação é a mácula do século, uma vez que os cidadãos são aludidos por uma suposta “liberdade de escolha”, interferindo, falaciosamente, no pensamento crítico dos cidadãos.       Fica vidente, portanto, que a manipulação da sociedade por meio da internet revela sua fragilidade além da necessidade de solucioná-la. Cabe ao Ministério da Educação, promover – nas escolas – campanhas publicitárias chocantes e abrangentes com ênfase nas matérias de sociologia e filosofia – formadoras da índole – a fim de quebrar o paradigma da alienação, formando cidadãos críticos.