Enviada em: 06/11/2018

Desde o advento da revolução técnico-científica, no século XX, a internet se tornou um dos meios mais eficazes de comunicação. Todavia, na contemporaniedade, esse recurso tem sido utilizado de forma ameaçadora, uma vez que a manipulação de usuários através de dados na internet se tornou um problema recorrente e que urge ser enfrentado, seja por induzir de forma forçada o consumo exagerado, seja por fomentar o desenvolvimentos de uma sociedade sem opinião crítica e contaminada por agentes externos.     Primeiramente, é indubitável que o consumismo esteja entre um dos amargos frutos dessa manipulação. Em defesa disso, dados da ONU( Organização Das Nações Unidas) mostram que três, a cada cinco crianças, são influenciadas a comprar objetos juvenis após verem propagandas em sites de divulgação. Além disso, a mesma organização mostra que, poucos dias após a compra de algum brinquedo, a tendência é que pelo menos duas dessas crianças procurem novamente artefatos desse tipo. Nesse cenário, torna-se evidente a formação de cidadãos alienados ao consumo e que não sabem a verdadeira necessidade de se adquirir um produto.      Outrossim, vale ressaltar que o crescimento de um corpo social se opinião crítica constitui outro cenário desafiador nesse contexto. Conforme Rousseau, o ser humano é livre, porém, por toda parte encontra-se acorrentado. Nessa ótica, é possível afirmar que, de maneira análoga, quanto mais os indivíduos se encontram presos às influencias de dados encontrados na internet, torna-se mais difícil a capacidade do ser em elaborar suas próprias opiniões e, concomitantemente, dificulta o progresso de uma sociedade autônoma e consciente de suas escolhas, o que, de certo modo, fere o princípio de liberdade individual que é defendido pelos Direitos Humanos.        Fica claro, portanto, que a indução comportamental das pessoas pela internet se mostra como uma ameaça. Assim, caminhos devem ser tomados para superar esse revés. Destarte, cabe a ONU, com seu caráter abarcativo e socializante e como organização multilateral, minorar os efeitos negativos desse infortúnio, promovendo uma acordo entre as principais potências mundiais, a fim de punir empresas e órgãos comerciais que, pelo controle de informações virtuais, tentem induzir qualquer tipo de público a práticas consumistas. Em adição, é imperativo a todas as nações, em parceria com os Governos Federais e centros educacionais, corroborar o desenvolvimento de um núcleo social crítico e autônomo, por meio de debates em salas de aula, com o fito de formar cidadãos com uma opinião crítica e capazes de agirem sem desvios produzidos por agentes externos. Desse modo, poder-se-á fazer um mundo em que as pessoas se encontram livres das amarras virtuais.