Enviada em: 05/11/2018

A 3ª revolução industrial, ou técnico-científica, proporcionou para setores como transportes e comunicações diversos avanços, dentre eles a criação da internet. Embora essa ferramenta tenha permitido trocas materiais e imateriais com maior velocidade, ela também possibilitou a maior vulnerabilidade de seus usuários, por meio do controle de dados realizado por grandes empresas. Nesse contexto, cabe analisar como o uso intenso da internet e os termos de compromisso de aplicativos e redes sociais promovem a problemática.         É importante destacar, primeiramente, a intensa utilização da internet por seus usuários. Segundo dados de pesquisa do IBGE no Brasil, aproximadamente 35% das pessoas com 10 anos ou mais não utilizaram a ferramenta no ano de 2016, isso mostra que grande parte da população da rede, o que atrai os interesses de grandes empresas do setor, que visam atingir esses internautas com informações específicas e propagandas direcionadas. Com isso, essas pessoas ficam mais suscetíveis ao controle exercido por esses grupos empresariais e, por consequência, facilmente manipuláveis.        Além disso, os termos de uso dos principais aplicativos e redes sociais também auxiliam no agravamento desse cenário. Ao permitir que os usuários tenham acesso aos programas apenas com a aceitação das normas, o controle sobre os dados torna-se legal, visto que o internauta concordou com o que lhe foi proposto. Contudo, não existe formas para a correção ou restrição das cláusulas desses acordos, o que intensifica o poder de influência das grandes empresas sobre o que esses indivíduos buscam na rede.         Torna-se evidente, portanto, o papel do intenso uso da internet e dos termos de compromisso de aplicativos e redes sociais no controle de dados por grandes empresas do setor. Nesse sentido, cabe a Organização das nações unidas, em parceria com os principais países vítimas desse controle e as principais empresas do setor, elaborar normas globais para o uso dos dados dos usuários, nas quais seja permitido que o internauta limite ou não o acesso dessas companhias aos seus fluxos de rede, ao possibilitar a elaboração de termos de uso específicos para cada plataforma. Dessa forma, será possível dar a liberdade desejada pelos indivíduos e impedir a manipulação realizada pelos grandes grupos tecnológicos.