A era da informação pode não trazer toda a transparência desejada. Notícias e conteúdos - seja de rede social seja de plataforma digital - são selecionados por algoritmos, que se baseiam no gosto pessoal do indivíduo para exclusividade, interferindo diretamente no que ele recebe e concebe. Por essa razão, discussões são feitas sobre a manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet. Em primeiro lugar, é indubitável que participar de uma rede social pode trazer benefícios, como o contato entre pessoas que vivem em regiões distantes, porém, há o risco de isolamento em uma "bolha", pois, o algoritmo (que controla o que o usuário recebe) lhe exibe o conhecido e o gostável. Assim, sem outras opiniões, o internauta tem suas decisões próprias influenciadas, por tomar só aquilo que conhece como verdade. Provando a existência de dois lados, o filósofo Zygmunt Bauman refletiu: "As redes sociais são muito úteis, oferecem serviços prazerosos, mas são uma armadilha." Ademais, plataformas digitais, como as de vídeo, utilizam também algoritmo. Logo, após ler uma notícia qualquer em sua rede social, ao migrar para a plataforma de vídeo, o usuário receberá recomendações de mais do mesmo que já conhece e viu. Esse fator se torna preocupante, tendo em vista que, assistir a videos corresponde a 76,4% da finalidade do acesso à internet, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isso comprova o grande número de pessoas que têm seu comportamento manipulado pela falta de variedade de pensamentos, que poderiam impulsionar melhor suas ações. Portanto medidas são necessárias para resolver o impasse. As redes sociais e plataformas digitais devem, utilizando recursos próprios, aprimorar os algoritmos, mostrando também aquilo que o usuário tem divergência, assim aumentando o número de opiniões e fontes para suas decisões. Além disso, a sociedade deve, por conta própria, verificar o que lhe é apresentado no sistema, para que recuse qualquer influência que venha receber.