Enviada em: 07/11/2018

É inegável que com a globalização e a ascensão do capitalismo a internet tornou-se peça fundamental no mundo. Contudo, é preciso atentar-se acerca de como as informações e dados são manipulados pelas esferas privadas e estatais, e como são disseminados à sociedade civil brasileira. Nesse contexto, é irrefutável uma análise dos projetos político-sociais a fim de minimizar os danos causados por esse problema.        Inicialmente, observa-se que após o fim da bipolaridade mundial, devido ao fim da Guerra Fria, introduziu-se, definitivamente, o conceito de vida em rede. Porém, esse mecanismo parece ter saído de controle, uma vez observado, cotidianamente, a tentativa da manipulação do comportamento do usuário, levando-o a um estado alienatório. Com efeito, é necessário apontar os ideais de Paulo Freire para compreensão dessa adversidade, uma vez que ele aponta o ensino como foco das situações, pois é o único que liberta o cidadão. É inadmissível, pois, que ações perniciosas maximizem o senso comum e formem um público acrítico à vista da ganância econômica.       Além disso, outro fator controverso intensificador desse processo são as chamadas “fake news”, mecanismos maliciosos que buscam vantagens acima de tudo. Exemplo disso são as atuais eleições brasileiras e o escândalo de compras de disparos de informações fraudulentas veiculadas por grandes empresas de redes sociais. Tal manobra fere o Marco Civil da Internet de 2014, além de instalar um difícil quadro antidemocrático insustentável contemporaneamente.       É imprescindível, portanto, um imediato plano de ação com o intuito de proteger o internauta brasileiro. Para tanto, o Governo Federal deve aplicar no currículo escolar um conteúdo específico acerca dos cuidados com a internet com o fito de orientar e educar digitalmente os alunos. Essa tarefa deverá ser realizada mediante a capacitação de professores, preferencialmente nas disciplinas de história, sociologia e filosofia, para que possam aplicar o tema durante as aulas em forma de debates e palestras. Espera-se, desse modo, ascender, desde os primeiros anos escolares, a criticidade do cidadão brasileiro e torná-lo agente ativo no combate a esse estigma.