Enviada em: 06/11/2018

Promulgada pela ONU em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos garante a todos os indivíduos o direito à lazer e ao bem-estar social. Conquanto, a manipulação do comportamento de usuários da internet pelo controle de dados, impossibilita que essa parcela da população consiga usufruir desses direitos universais. Nessa perspectiva, desafios devem ser superados de imediato para que uma boa sociedade integra seja alcançada.  Em primeira análise, é importante ressaltar que com a globalização a internet se tornou um dos maiores meios de comunicação e venda do mundo. Em pesquisa divulgada pelo IBGE, cerca de 64,7% das pessoas de 10 ou mais anos utilizam a internet, essas sendo crianças e adolescentes em processo de desenvolvimento de personalidade, dessa forma a internet pode moldar a forma como esses indivíduos pensam, e muitas das vezes os fazem se tornar dependentes virtuais.  Faz-se mister, ainda, salientar a ilusão de liberdade de escolha como impulsionador do problema. Segundo Zygman Bauman, sociólogo polonês, a falta de solidez nas relações sociais, politicas e econômicas é a característica da “modernidade líquida” vivida no século XXI. Diante desse contexto, temos que as sugestões que muitas plataformas sugerem, são de acordo com as suas pesquisas mais recentes, desse modo ela te manipula a acessar o que ela quer que você veja e assim, mesmo sem saber, o indivíduo acaba se tornando um consumidor do produto.  Infere-se, portanto, que ainda há entraves para solidificação de políticas que visem a construção de um mundo melhor. Diante de tal contexto, urge que os indivíduos por forma de concientização social poderiam promover campanhas de incentivo à instalação de aplicativos que monitorem o tempo que aquele indivíduo ficou online em prol de que o próprio evite dependência às plataformas. Dessa forma, poderemos construir um mundo melhor para todos.