Enviada em: 06/11/2018

A Polêmica sobre o controle de influência das grandes empresas digitais aos internautas do Brasil e do mundo vem, na época atual, merecendo espaço nos debates coletivos. Conforme mencionou o célebre pensador francês Joseph Joubert, a finalidade da argumentação, ou da discussão, não deve ser a vitória, mas o progresso das ideias. Por consequência, a importância de uma análise dessa patologia digital é substancial para atenuar os impactos desse problema contemporâneo.              Nesse contexto, o acesso quase universal às tecnologias da informação favoreceu o surgimento de uma ferramenta de análise dos rastros cibernéticos. Sob esse viés, a população, em nível global, fica exposta a certa manipulação dos seus interesses, principalmente de consumo. Isso colabora para guiar o modo de agir dos indivíduos, intensificando o conceito da “indústria cultural” , estudado bastante pela Escola de Frankfurt.          Paralelo a isso, destaca-se as dificuldades das autoridades com o objetivo de controlar o turbilhão de informação captadas na rede. Dessa maneira, como a internet é um fenômeno global, torna-se comum a falta de integração entre o poder público dos diversos países e culturas envolvidos nessa questão. Por exemplo, uma empresa de controle de dados japonesa pode está fornecendo informações de usuários brasileiros às multinacionais francesas que, por sua vez, estão manipulando tais indivíduos, gerando claramente um impasse internacional.            Visto isso, portanto, para mitigar essa adversidade tecnológica é imprescindível um enfrentamento rigoroso as suas causas. Assim, compete a Organização das Nações Unidas promover um congresso internacional sobre os perigos dos resíduos informacionais dos internautas no poder das grandes corporações, a fim de elaborar uma legislação internacional de monitoramento e controle do uso ilegal de influenciar as massas. Essa conferência, deve acontecer anualmente em países distintos, debatendo os relatórios apurados em cada anuênio. Enfim, vale ressaltar, como o filósofo René Descartes: “não existem métodos fáceis para resolver problemas difíceis”.