Enviada em: 07/11/2018

Os algoritmos são códigos numéricos obtidos de dados online que oferecem como resposta um retrato do gosto do individuo analisado. Teoricamente, seria somente uma ferramenta de dados para empresas calcularem qual o melhor produto a ser vendido para aquela pessoa específica. Contudo, este jogo numérico não é transparente e não exclui-se a manipulação de dados para beneficiar um determinado produto ou opinião. Assim, a manipulação de informação realizada por algoritmos, entrega uma informação viciada prejudicando a decisão final do indivíduo.       Nos dias atuais, até a compra de um item básico como uma escova de dente pode ser manipulada. Antes do uso da internet, é claro já havia outros meios de comunicação mas não com esse alcance, o indivíduo comprava algo pelo custo/benefício. Hoje, o produto tem suas características apresentadas e aglutinadas a uma série de mensagens online. O indivíduo não compra só aquele produto porque é bom, mas devido a uma serie de mensagens produzidas e associadas pelos algoritmos. Assim, produz uma obediência programada e não uma decisão informada, ou seja, uma manipulação do indivíduo.   Isto ainda pode ser agravado. O filosofo Baumann criou o termo modernidade líquida para caracterizar o desejo de experiências rápidas, superficiais tipicas do século XXI. A própria modernidade não acredita nas experiências profundas. Ela prefere a rapidez da informação. Isto pode fazer o indivíduo decidir conscientemente pela informação manipulada pois essa apresenta uma roupagem da velocidade. Isto pode ser exemplificado pelo “trending topics” onde ao em vez de buscar informação apuradas clica-se naquele que é mais rápido.        Portanto, a manipulação de informação prejudica a decisão final. A modernidade líquida, típica do século XXI, auxilia nesse controle do indivíduo, que busca experiências rápidas. Para mudar este quadro a educação é a chave. Produzir indivíduos conscientes desse jogo numérico melhorara a tomada de decisão, consciente e não obediente.