A Constituição Cidadã, promulgada em 1988, garante acesso à saúde, segurança, educação e informação. Entretanto, a manipulação de dados feita pelas grandes empresas digitais se torna um empecilho para a integralidade deste Direito Constitucional, motivada pela busca do lucro através de conteúdos selecionados e, consequentemente, a influência virtual despercebida. Mormente, o interesse financeiro dos grupos virtuais é um dos principais motivadores do controle de dados. Um exemplo dessa prática é o "clickbait", que se caracteriza pela monetização gerada através de cliques e visualizações em conteúdos visualizados frequentemente pelo usuário. Logo, a relação lucro versus material exposto é a base do processo de mudança comportamental, visto que, isso causa uma perspectiva unilateral da realidade. Portanto, é inaceitável que, em um país democrático, o Estado seja incapaz de prover à liberdade de escolha para seus habitantes. Outrossim, é importante destacar o papel dos chamados "Influenciadores Digitais". Estes se aproveitam de sua popularidade nas redes sociais para divulgação de produtos e opiniões, porém, sendo pagos para realizar tais atos, assim, tornando-os parciais sobre o que está sendo dito. Assim, acarretando na influência sobre padrões de comportamento, sociais e comerciais, principalmente dos jovens, que são a maior parte dos utilizadores da internet. Dessa forma, é inegável que a seletividade organizada por pessoas influentes é um risco para a formação de um pensamento crítico. Destarte, evidencia-se que a sociedade está sendo influenciada pelo meio digital. O Ministério das Comunicações e Tecnologia, juntamente com representantes das companhias virtuais, deve implementar políticas públicas que garantam a livre escolha na internet, com um código de ética que impeça a comercialização de opinião, bem como o direcionamento única para determinados conteúdos. Espera-se, com isso, minimizar a representatividade lucrativa das empresas e aumentar a pluralidade de oportunidades virtuais. Dese modo, irá gerar reflexos sobre a variedade existencial, tanto no mundo tecnológico quanto no real.