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Enviada em: 08/11/2018

Com o advento da internet, as distâncias foram encurtadas, houve maior difusão de informações e, principalmente, a velocidade com que os dados se propagam. No entanto, apesar de parecer um universo fantástico e aparentemente democrático, esta mesma ferramenta guarda um lado obscuro e pouco discutido, o qual é marcado pela manipulação de comportamento de seus usuários por meio do controle de dados que circulam na rede. Resta saber quais os efeitos disso na vida das pessoas e como elas deveriam reagir, uma vez que por trás desse sistema automatizado encontra-se uma espécie de dominação.       Primeiramente, vale lembrar a frase de Zygmunt Bauman que diz: "Na era da informação, a invisibilidade equivale a morte", ou seja, a sociedade atual se vê numa situação em que se considera obrigada a estar a todo momento conectada e ligada no que está acontecendo a sua volta, fazendo uso neste caso, principalmente, das redes sociais. Caso contrário, estariam à margem de toda essa inovação. No entanto, tal comportamento, quando feito sem uma análise crítica, torna os usuários vítimas de uma máquina automatizada e interligada mundialmente capaz de traçar os perfiz de seus internautas e oferecê-los um mundo de possibilidades, porém por trás desse processo encontram-se as empresas que buscam influenciar tais pessoas oferendo-lhes seus produtos e, com isso, constrói um universo cultural, que deve ser aceito e seguido.       Além disso, as mudanças feitas propositalmente nas informações divulgadas, na maioria das vezes, têm o intuito de transformar a maneira como os navegantes vêm se comportando. Logo, para que o algoritmo evolua e consiga moldar gostos personalizados necessita de dados, os quais são fornecidos sem mesmo as pessoas perceberem ou permitir. Nesse contexto, têm-se a lógica mundial de computadores. Fato este que pode ser comprovado estatisticamente através de dados obtidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), onde 64,7% das pessoas de 10 anos ou mais utilizam internet e destes 76,4% têm como finalidade o acesso a vídeos e filmes. Neste caso - dos filmes-, destaca-se a netflix, que a partir da análise dos gostos de seus assinantes cria uma lista de possibilidades, influenciando na sua decisão.       Contata-se, portanto, a necessidade de discutir sobre o papel da internet no sentido de influenciar seus usuários a adotarem um certo posicionamento. Com isso, cabe ao cidadão não permitir que isso ocorra consigo, é preciso que seja mais crítico e cauteloso, evitando desse modo ser manipulado. É interessantes as escolas abordarem esses assuntos em sala, o que levará à formação de jovens mais conscientes. Assim espera  um meio em que as pessoas sejam respeitas.