Enviada em: 18/11/2017

Métodos Experimentais: rapidez é necessário    Rosseau, importante filósofo iluminista que viveu no século XVIII, disse: "posso não concordar com o que dizes, mas lutarei até o fim pelo direito de dizê-lo". Tal declaração, permite reflexão a cerca da liberdade e de permanecer lutando em busca não só para obter benefício próprio, mas para alcançar um bem comum. Talvez esteja aí o ponto chave dessa problemática bastante discutida no Brasil, a utilização de métodos experimentais pode ser a solução de doenças, mas também um ato precipitado. Nesse sentido, convém analisar aspectos históricos e sociais dessa questão.   Imbuídos pelos ideais de igualdade, fraternidade e liberdade, Rosseau e os demais iluministas, lutavam por uma França mais justa enquanto a Revolução Francesa se consolidava. O bem comum se sobrepunha ao interesse individual e essa era a prioridade. Quando se trata de patologias que não têm cura já estabelecida e que interferem significativamente na qualidade de vida do doente, os métodos experimentais podem constituir-se a alternativa imprescindível. Há que se ter cautela para não expor essas pessoas. No entanto, a epilepsia e o câncer , por exemplo, são doenças que provocam alterações significativas no organismo e que em muitos casos não dão chance de espera aos seus portadores. Todo tramite de pesquisas, testes e liberações pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) pode significar um tempo que esses pacientes não podem aguardar.      Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde) em publicação do portal Uol, as mortes por câncer aumentaram 31% em 15 anos no Brasil. Partindo deste dado, observar-se prova da necessidade de aceleração nos processos dentro da ANVISA e de investimentos nas áreas de pesquisas desta natureza, bem como toda a atenção dos governantes deste país para que a população não seja arbitrariamente cobaia desesperada de soluções ainda não comprovadamente eficazes e nem sejam retiradas bruscamente da convivência de seus familiares.     Há, portanto, a necessidade de intervenção urgente do Governo Federal, por meio de investimentos, a fim de obter-se mais rapidez nos processos e na estrutura da ANVISA, a fim de agilizar a liberação de métodos que tenham comprovação de sua eficiência e a notificação dos que não tem funcionalidade satisfatória, além de aumentar a destinação de verbas para as pesquisas clínicas direcionadas a essas doenças e auditar institutos já existentes para tratamento, com o objetivo de detectar desvios e má administração. Há ainda, a mídia que ao veicular de forma maciça todos essas notificações e dados, manterá a população bem informada. Ademais, a sociedade deve pressionar o Governo com manifestações. Assim, os ideais de Rosseau serão realidade.