Enviada em: 30/04/2018

De acordo com o sociólogo Émile Durkheim, nosso egoísmo é, em grande parte, produto da sociedade. Sendo assim, refletir acerca da situação dos moradores de rua no Brasil abrange desafios para nossa sociedade alienada e segregacionista, que inferioriza e generaliza, mantendo essa parcela da população em situação insalubre. Diante disso, deve-se analisar como esses desafios devem ser trabalhados para que a integridade dessas pessoas  sejam respeitadas.  Em primeiro lugar, é perceptível que existe uma discriminação estrutural no nosso pais que cria barreiras e menospreza questões sociais do cotidiano. Isso decorre da cultura do conformismo, na qual aliena o pensamento social, corroborando a ideia de "ser normal" a desigualdade. Por consequência, essa minoria social perde visibilidade que os impede de inserir-se democraticamente na sociedade. Além disso, nota-se, ainda que as políticas públicas não evidenciam medidas que acolham essa população a longo prazo. Isso acontece porque, o governo adota medidas higienistas frente à situação. Exemplo disso, são os programas de metas do mandato dos últimos prefeitos da cidade de São Paulo como: "Cidade Limpa" e "Cidade Linda". Dessa forma, fica claro que a questão social dos moradores de rua submerge para segundo plano, sobrepondo uma cidade aprazível aos olhos.  Fica evidente, portanto, que é preciso solucionar os problemas sociais de forma eficaz. Em razão disso, é preciso promover debates nas escolas que instigue o desenvolvimento da criticidade dos educandos, afim de desconstruir a cultura do conformismo diante das questões sociais. Ademais, o Ministério do Desenvolvimento Social em parceria com as ONGs devem promover ações sociais que permitam aos moradores de rua acesso a saúde, educação e moradia, garantindo a integridade dos mesmos na ascensão frente a dignidade humana. Dessa forma, o empoderamento social e governamental tornará a sociedade brasileira mais justa.