Enviada em: 17/08/2018

Imagens de satélites feitas do espaço tendem a corroborar com estudos de exclusão social, fomentando ações transformadoras nas regiões mais carentes. Nesse sentido, apesar da tecnologia evidenciar “bolsões de pobreza”, infelizmente, alguns indivíduos são fadados a invisibilidade. Sob essa óptica, portanto, é sumamente importante refletir no perfil das pessoas em situação de rua e as eventuais consequências decorrentes da ausência de políticas públicas e de uma sociedade sem empatia.    A respeito desse cenário desafiador, é válido salientar que não existem dados estatísticos eficientes, sabe-se apenas que o processo é vertiginoso. Além disso, a realidade dessas pessoas vão de vínculos familiares desmanchados, mediante à migração em busca de emprego ou até o uso abusivo de drogas e álcool, acometendo inclusive fragilidades físicas e mentais. A saber, segundo a Secretária Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, estima-se que essa conjunta triplicou de 2013 a 2017 somente em pesquisas realizadas no Estado do Rio de Janeiro.    Por consequência, além do exílio social e da falta de um teto para morar, esses personagens possuem o mínimo acesso a cuidados de saúde, a uma renda formal e a uma alimentação substancial. Isto é, deles é retirado menções básicas da Carta Magma. Outrossim, são explícitos pensamentos do tipo “eles vivem na rua porque querem”, contextualizando ainda mais a perca da empatia na modernidade líquida, ou seja, no geral a sociedade não se detém aos motivos que levam cada um a estarem onde estão.     À luz dessas considerações, urge o investimento em políticas públicas por parte dos Estados e dos municípios. De certo, é preciso traçar um plano de soluções integradas com os moradores de rua, isso junto às instituições filantrópicas para fazer um balanço dessa realidade. Faz-se essencial, debates comunitários, acesso à educação e à cultura onde quer que estejam e ações ambulatoriais nas ruas. Além de fomentar parcerias com empresas, afim de inseri-los no mercado de trabalho. Por fim, ações em conjunto com a população para enternece-la sobre essa questão social.