A quebra da Bolsa de Valores em Nova York em 1929, contribuiu para que muitos estadunidenses ficassem desabrigados pois não conseguiram pagar integralmente seus imóveis. Atualmente, no Brasil, uma parte da população vivencia uma situação semelhante. Diante dessa perspectiva é necessário compreender os motivos que contribuíram para que algumas pessoas optassem por viver em situação de rua no Brasil e quais são as consequências enfrentadas por elas perante a sociedade. Em primeiro lugar, a atual situação econômica do país corrobora para aumentar o desemprego nos diversos setores de produção. Ademais, a variação nos preços dos imóveis em decorrência das especulações de investidores nos grandes centros urbanos impossibilita muitos brasileiros de possuírem uma habitação digna e compatível com sua renda. Segundo dados do IBGE,em 2015, as regiões Sul e Sudeste concentravam os grandes polos econômicos e foram estes setores que mais demitiram. Somado a essa questão, muitos indivíduos que utilizam a rua como moradia sofrem preconceito por parte de alguns membros da sociedade. Haja vista que para algumas pessoas, essa população estaria associada com a degradação urbana e o aumento da violência. Além disso, o desinteresse do Estado em garantir a reinserção dessas pessoas ao mercado de trabalho e o número insuficiente de albergues construídos para este fim favorecem a exclusão social. Fica claro, portanto, que medidas são necessárias para melhorar a qualidade de vida das pessoas que se encontram em situação de rua além de combater atitudes preconceituosas relacionadas à elas. Então, cabe ao Governo Municipal promover uma interação mais eficiente entre o Serviço de Assistência Social e as demais secretarias que compõem a administração pública através do levantamento real e atualizado do número de pessoas que moram nas ruas, a fim de redireciona-las para oportunidades específicas de trabalho. Além disso, aumentar o número de albergues e abrigos que proporcionem dignidade para esses cidadãos.