Enviada em: 16/08/2018

Jorge Amado, escritor da segunda fase do modernismo, denuncia em sua obra "capitães de areia" o descaso da sociedade diante de um grupo de crianças moradoras de rua. Mal sabia ele que essa realidade destacaria-se ainda como uma das mais preocupantes mazelas sociais do século XXI. Assim, é evidente que a falta de assistência governamental e o desprezo da população colaborem para a ocorrência dessa problemática.  É indubitável que, a questão constitucional e a sua aplicação estejam entre as causas dessa mazela. Para Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado. Semelhantemente, observa-se que o governo rompe com essa harmonia, haja vista que, embora a moradia, alimentação e a saúde sejam direitos básicos garantidos pela Constituição, para os moradores de rua eles lhe são negados. Desse modo, evidencia-se a importância da atuação do Estado  como forma de combate a problemática.  Outrossim, destaca-se a alienação da população frente a essa questão como impulsionadora dos efeitos da exclusão social. Segundo Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e pensar. Segundo essa linha de pensamento, nota-se que a questão dos moradores de rua já se tornou cotidiana e grande parte dos cidadães já se habituou a ela, tornando a ação de passar por essas pessoas e sequer notá-los, um senso comum. Assim, o fortalecimento desse tipo de pensamento é transmitido de pessoa  a pessoa o que tem agravado esse problema no Brasil.  Entende-se portanto, que a situação dos moradores de rua no país vem agravando-se e marca um intenso fato social. Para atenuar o problema, é preciso que o Governo Federal, em parceria com a Secretaria Nacional de Assistência social, deve criar programas que promovam a reinserção do indivíduo na sociedade, por meio de ações que garantam os direitos básicos a vida, além de aplicar campanhas de abrangência nacional junto as emissoras e as redes sociais, que divulguem a situação dessas pessoas e motivem a ajuda ao próximo.  Dessa forma será possível minimizar gradativamente esse fato social no Brasil e restaurar o equilíbrio proposto por Aristóteles.