"O mais escandaloso dos escândalos é que nos habituamos a eles". Essa afirmação da filosofa francesa Simone de Beauvoir pode ser facilmente aplicada ao cotexto dos moradores de ruas no Brasl, porquanto mais espantoso a invisibilidade social dessa parte da população brasileira é a naturalidade como a situação é tratada. Dessarte, destacam-se entre os fatores contribuintes com essa realidade a ineficácia de investimentos na melhoria de serviços comunitários e a segregação social. Por conseguinte, é evidente o malefício da situação para o país, dessa forma são necessárias campanhas de inclusão em sociedade, como forma de amenizar o impasse no Brasil. É inegável que a questão Constitucional e sua aplicação estejam entre as causas do problema, pois a inaplicabilidade do artigo 6º da Carta Magna, o qual garante direitos sociais para a população, por exemplo moradia, favorece a permanência da situação de moradores de ruas no Brasil. Conforme John Locke e suas ideais contratualistas, o Estado tem poder absoluto e indubitável, porém, nos dias atuais, há questionamentos relacionados à promoção de serviços básicos para a população, como a aplicação regular de investimentos na ampliação de projetos socais para incluir os moradores de ruas em sociedade. Assim, quando o Governo não garante condições básicas de sobrevivência das pessoas, o contrato social, proposto pelo filósofo, é rompido. Destarte, sem uma solução eficaz e de longo prazo, a situação tende a permanecer no país. Entrementes, outro aspecto a ser avaliado é a participação social para diminuir a situação dos moradores de rua no Brasil, haja vista que, o preconceito e a segregação funciona como forma para agravar o impasse no país, faltando, muitas vezes, a empatia na relações sociais. Outrossim, isso é ratificado na obra Modernista de Drummond, O Sofrimento do Mundo, a qual critica a mecanização do convívio em comunidade. Nesse viés, é fundamental uma mobilização social para amenizar o impasse em território nacional. Com base no exposto, portanto, é indispensável a adoção de medidas como fato de diminuir a questão dos moradores de rua no país. Diante disso, concerne ao Ministério do Planejamento, a ampliação de projetos sociais de auxílio econômico para as pessoas carentes, por intermédio da aplicação regular de investimentos, como a Bolsa Auxílio Moradia do Governo Federal, a qual está associada ao meio escolar, com a finalidade de fornecer suporte de mudança de meio social. Com o objetivo de buscar participação da sociedade, é fundamental que as Emissoras de Televisão promovam campanhas de abrangência nacional para, então, diminuir o preconceito e, também, a segregação. Logo, seguindo essas ações, o contrato social de John Locke será mantido no Brasil.