Enviada em: 27/08/2018

Moradia, emprego e saúde são variáveis fundamentais para os cidadãos em geral. Para a população de rua, são aspectos ainda mais essenciais, já que a falta ou deficiência em alguma dessas áreas pode ser justamente a causa de sua condição. Nessa lógica, apesar de existirem políticas públicas direcionadas aos desabrigados, essas não são tão eficazes, pois não levam em consideração a heterogeneidade do povo de rua.       Em primeiro lugar, para entender a complexa questão das pessoas em situação de rua é necessário conhecê-las, pois trata-se de uma população diversa. Como exemplo, há os que ocupam os albergues, há os usuários de drogas, os que ocupam os ambientes públicos, como viadutos e praças e até mesmo egressos do sistema prisional. Sem dúvida, fica claro que essa variedade de indivíduos requer políticas públicas diferentes para cada um deles.       Nesse ínterim, é necessário entender e dialogar com a população de rua, para que se possa ampliar as medidas já existentes desenvolver novas medidas capazes de reduzir o problema. Os usuários de drogas talvez precisem de tratamento de saúde; para aqueles que habitam os albergues as bolsas em troca de atividades seriam uma boa solução. Já para os que não habitam, deve haver banheiros públicos, um lugar para que possam guardar suas bagagens e para lavar suas roupas.       Há muito ainda a ser feito, mas, ainda que não pareça,  há avanços e para garantir que eles continuem ocorrendo, algumas medidas são necessárias. O governo federal deve proporcionar empregabilidade aos desabrigados, para isso, a abertura de banheiros públicos e capacitação dos moradores de rua para zelá-los é uma boa solução. Além disso, a Assistência Social de cada município deve criar grupos de diálogo para que se conheça melhor a população de rua e suas necessidades. Assim, talvez seja possível reduzir o número de moradores de rua no Brasil.