Enviada em: 27/08/2018

Desde a Revolução Francesa, quando os ideais iluministas foram propagados, evidenciou-se que a mobilização entre os indivíduos, em relação aos problemas enfrentados por cada um, promove o progresso social. Entretanto, no Brasil, há um desafio que inválida a presença do ideal revolucionário — A situação dos moradores de rua. Nesse sentido, com o escopo de atenuar essa questão social, aspectos como o descaso estatal e a má qualidade na educação não podem ser negligenciados.        A princípio, cabe pontuar que a atuação pueril do governo contribui para a perpetuação do problema. Embora a Carta Magna de 1988, na teoria, garanta o preparo do indivíduo para o exercício da cidadania de forma digna, a realidade é antagônica. Visto que, hodiernamente, vê-se cidadãos em situação de calamidade, vivendo nas ruas sem qualquer apoio dos governantes, que, majoritariamente, encontram-se, preocupados apenas com interesses socioeconômicos próprios, ligados a escândalos de corrupção.        Outrossim, convém frisar que a ausência de uma educação qualificada é responsável por aumentar o número de moradores de rua. Paulo Freire, na obra "Pedagogia do Oprimido", defende um sistema educacional conscientizador, onde o indivíduo é um ser pensante e crítico, sobretudo, cidadão. Nesse sentido, torna-se indubitável que a falta de investimento e qualidade no setor gera cidadãos despreparados a lidar, eficientemente, com obstáculos de seu meio, como problemas financeiros, familiares ou vícios.      Medidas, portanto, são necessárias para que as ideias de igualdade, fraternidade e liberdade, concebidas no final da Idade Moderna, estejam presentes na vida das pessoas que, por enquanto, dormem nas ruas. Destarte, é imprescindível que a população reivindique, por meio de manifestações, os direitos garantidos para esses indivíduos que são tratados de maneira omissa pelo Estado. Ademais, a fim de mitigar a quantidade de moradores de ruas oriundos de problemas em sua esfera social, o Ministério da Educação deve instituir nas escolas, por intermédio da capacitação de professores nas graduações, o ensino crítico e o debate sobre problemas cotidianos, como financeiros e comportamentais, através das disciplinas, respectivamente, de Ciências Exatas e Humanas.