Enviada em: 27/08/2018

A contemporaneidade social do Brasil apresenta, uma triste realidade vivenciada em todas as nações independentemente do seu nível socioeconômico. Em terras brasileiras potencializou-se com a Abolição e resolução da Lei Áurea arrastando-se até hoje. No entanto se as decisões de fim da escravatura fossem seguidas por um suporte governamental com foco na ressocialização é bem verdade que os números alarmantes de moradores de rua seriam muito menores o que de fato poderia refletir no Brasil atual pautadamente. Historicamente percebeu-se a falta de auxilio aos escravos recém libertos que foram obrigados a tentar a sorte em uma sociedade que, mesmo com a emancipação do direito incontestável regido pela lei Áurea, ainda carregava traços ''tradicionais'' de tratamento aos diferentes. Esta dificuldade inicial é uma das responsáveis pela expectativa de crescimento econômico frustada que gerou a a expansão de palafitas e favelas próximas aos centros burgueses. A sociedade primal das favelas viveu a margem das políticas públicas, educação, saúde e segurança o que simplesmente afomentou a pobreza, realidade essa que, apesar da implementação de programas sociais nos governos atuais, ainda é comumente representada pelos dados relacionados ao número de medicantes. No Brasil, o quantitativo de pessoas que vivem em extrema pobreza em ruas de grandes metrópoles está relacionado à questão qualitativa. A maior porcentagem de indigentes são os que possuem no máximo o ensino fundamental completo, em sua maioria homens de idade entre 31 a 48 anos de acordo com as análises da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas. Os problemas com drogas, frustrações pessoais, problemas familiares, desemprego e dívidas são os fatores que levam à uma condição psicossocial de desespero e impotência, reflexo dos indivíduos que fazem da rua sem lar e da esmola sua renda. Moradores de rua vivem em média de 4 a 7 anos em condições críticas de saúde. Sem um auxílio parental tudo se torna mais difícil, dificuldades e situações estas que pode ser contornadas mantendo financeiramente por meio de projetos, doações, campanhas, as organizações não vinculadas ao governo, especializadas na ressocialização, que têm como foco trabalhar nas áreas sociais que o a própria república federal não tem ''capacidades estruturais'' para desenvolver neste aspecto. A reintegração se daria por meio de tratamento psiquiátrico, oficinas de talentos, bibliotecas, cursos técnicos e principalmente oportunidade de conclusão dos graus de estudos necessários para futuramente admissão em empresas privadas para manutenção da própria vida com salários justos.