Enviada em: 27/08/2018

Desde 2001, com a criação da expressão BRICS (acrônimo para Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o Brasil é considerado, em âmbito internacional, uma superpotência emergente, isso devido ao seu crescimento econômico e populacional. Apesar de se destacar nesse cenário, o país vivencia problemas sociais arcaicos. Diante disso, deve-se cogitar sobre a questão dos moradores de rua na nação brasileira, a qual se deve a má distribuição da renda e terras e a problemas pessoais.             Em primeira análise, a má distribuição de renda e terras influencia diretamente no aumento da população em situação de rua. Segundo o RDH (Recurso de Desenvolvimento Humano), o país, no ranking mundial, ocupa a décima posição com maior desigualdade social. Somando-se a isso, a ocupação das terras brasileiras é desigual e remota ao Brasil Colônia, em que a divisão do território se restringiu a uma pequena parcela da população com predominância até a atualidade. Em virtude disso, a aquisição de um espaço privado se torna cada vez mais difícil, pois é necessário possuir uma renda suficiente para conseguir lugares para habitação. Porém, sem alternativas, esse público passa a utilizar as ruas dos centros urbanos como moradia.               Além disso, a problemática tem relação direta com o alcoolismo e o uso abusivo de drogas, em que o motivo envolve cerca de 36% desse grupo, dados da Revista Istoé. O uso dessas substâncias é a porta de entrada para essa realidade, pois todo o processo está ligado a uma série de fatores – vida profissional, problemas familiares, desemprego – que se encadeiam até esse desfecho. Diante disso, o envolvido não consegue se organizar dentro da sociedade e, por consequência, se afasta do seu meio social, familiar, profissional, terminando em uma situação vulnerável. Consequentemente, o indivíduo recorre às ruas como meio habitacional e não consegue retornar a vida que a sociedade propõe para seus membros.            Salienta-se, portanto, a situação dos moradores rua como problema, diante dessa gravidade, urge a mobilização conjunta do Estado e da sociedade. Para isso, o Governo Federal deve aumentar os invertimentos em todos os setores com a finalidade de gerar empregos e diminuir a discrepância de renda. Isso pode ser feito através da qualificação de mão-de-obra profissional e sua valorização, em que ocorra igualdade financeira entre as funções e esses venham possuir recursos suficiente para adquirirem um lar.  Outrossim, é primordial intensificar o debate, dentro da comunidade, sobre as consequências que o uso de álcool e drogas oferece aos indivíduos, isso pode ser feito através de palestras dadas por psicólogos e assistentes sociais em todo meio acadêmico, assim como buscar restruturar a vida desses que estão nessa mazela, por meio de acolhimento e tratamento.