O grande contingente populacional de moradores de rua é reflexo da exclusão social, e a cada dia atinge e prejudica uma quantidade maior de pessoas. De acordo com o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2012, existem cerca de 1,8 milhão de moradores de rua em todo o território brasileiro, dado que se revela alarmante. Esse quadro decorre de um descaso por parte do governo no que se refere às causas dessa problemática aliado à quase inexistente aplicação de políticas públicas. A utilização das ruas como moradia se deve a diferentes fatores: ausência de vínculos familiares, desemprego, violência, alcoolismo, doença mental, uso de drogas, entre outros, sendo o último o mais recorrente e comum. Um exemplo contundente é a cracolândia em São Paulo, espaço onde existem inúmeros moradores de rua, os quais encontram ali “abrigo” e fácil acesso às drogas. Nesse contexto, percebe-se que esse conjunto de questões são mazelas sociais, assim como problemas de saúde pública, e, portanto, devem ser tratadas como prioridade. Paralelo a isso, há a quase inexistência de políticas públicas no que diz respeito ao assunto. Tal fato faz com que se destaquem o trabalho de Organizações Não Governamentais (ONG's) e instituições religiosas. No geral, essas instituições atuam na distribuição de alimentos, roupas e cobertores. Esse tipo de ação, cujo objetivo é amparar pessoas em situação de rua é insuficiente, uma vez que as organizações citadas possuem certas limitações, inclusive orçamentárias. Sendo assim, fica evidente o dever do governo, em todas as suas esferas, de interferir de modo a auxiliar essa parcela significativa de brasileiros. Por tudo isso, faz-se necessária a adoção de medidas com vistas a mitigar o problema exposto. Para tanto, é imperativo que o Ministério do Desenvolvimento Social repasse verbas para as prefeituras para que sejam implementadas ações sociais de visitas de profissionais especializados com o intuito de conhecer melhor e oferecer opções para retirar ajudar moradores dessas situações. Aliado a isso, empresas privadas podem fazer doações para ONG's a fim de ampliar o alcance dessas instituições.