Enviada em: 21/07/2017

É necessário afirmar que moradores de rua são, lamentavelmente, vítimas de um sistema social estagnado que não consegue atender a todos como prevê a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe),em 2015, o número de pessoas que viviam nas ruas de São Paulo foi 15.905, 10% a mais que em 2011,e a maioria continua,majoritariamente,sendo homens. Portanto,medidas a fim de reverter esse quadro são cabíveis.   Primeiramente, é relevante citar algumas das causas desse problema. Uma delas é o fato de no Brasil haver uma forte concentração de renda e de terras. Desde a promulgação da Lei de Terras no Segundo Reinado, os mais pobres passaram a encontrar mais dificuldades para adquirirem uma propriedade e esse feito deixou resquícios na sociedade atual, pois terras são,geralmente, passadas de geração em geração. Ademais, o nível de escolaridade dos moradores de ruas é, em sua maioria, fundamental completo ou incompleto, nota-se que apena 1,5% dos habitantes de rua têm ensino superior.Dessa forma, percebe-se a importância que a educação tem para o bem estar das pessoas em geral. E o alcoolismo e as drogas são fatores pertinentes, já que, muitas vezes, esses viciados são expulsos de casa, perdem emprego, vendem tudo que têm em troca do vício e acabam nas ruas.    Em segundo lugar é preciso destacar algumas das diferentes consequências desse problema para os indivíduos sem teto e para a população. Uma delas é a crescente marginalização, pois nas ruas estão mais propensos a roubarem , a se prostituírem e a usarem drogas. Além disso, as pessoas, muitas vezes, ao verem um morador de rua ficam com medo e se afastam, assim eles vivem segregados e acontece a chamada exclusão social. Ademais, esses moradores ,normalmente, sofrem com a fome, o frio, a falta de higiene adequado e de assistência médica. E quando têm filhos que vivem nas ruas junto a eles, essas crianças tendem a continuarem sendo moradores de ruas, pois começam a trabalhar nos semáforos, a pedirem esmolas e evadirem ou nem chegarem a frequentar escolas.   Em suma, depreende-se que os moradores de ruas precisam ser ajudados para diminuir tamanha desigualdade social. Para isso, é importante que o governo invista a curto prazo em abrigos para esses indivíduos e longo prazo que invista numa educação efetiva a fim de evitar o desemprego, o uso de drogas a evasão escolar. Além disso, as ONGs junto à mídia devem realizar campanhas para obterem doações de cobertores, de alimentos, de roupas e produtos de higiene básico com objetivo de incentivar a população a ajudar e mostrar que esse é um problema social e que não se deve ignorar e sim ajudar quem precisa. Ademais, as famílias devem buscar ajuda para seus entes que se envolvem com drogas a fim de evitar que esses cheguem a ponto de perderem tudo e viverem nas ruas.