Enviada em: 25/10/2017

Hodiernamente, na sociedade brasileira, há uma séria questão a ser debatida: as precárias condições de vida dos moradores de rua. Nesse contexto, há dois fatores que não podem ser negligenciados, a concepção de alteridade precária e a objetificação do ser humano. Portanto, é imprescindível combater as precárias condições das pessoas em situações de rua.  Deve-se pontuar, de início, que a sociedade não se sensibiliza com as precárias condições dos moradores de rua. De acordo com Mikhail Bakhtin, é colocando-se no lugar do outro que o ser humano constitui-se e transforma-se. Nessa conjuntura, as pessoas discriminam moradores de rua e enxergam os mesmos como vagabundos, ladrões e drogados e muitos sofrem violência nas ruas. Logo, a prática da empatia é fundamental para mudar esta realidade.  Concomitantemente, o ser humano é tratado como objeto. Segundo Immanuel Kant, os indivíduos deveriam ser tratados, não como coisas, mas como pessoas que têm dignidade. Nessa lógica, a sociedade vai de encontro ao pressuposto filosófico, o ser humano na modernidade, passa por um processo de coisificação, passando a ser visto como um objeto facilmente descartável. Dessa forma, uma mudança de mentalidade é essencial para resolver a problemática.  Destarte, medidas são necessárias para combater as precárias condições dos moradores de rua. Para isso, os meios de comunicação devem exercer sua função social, por meio de uma reportagem completa, mostrando as histórias de vida dos moradores de rua, a fim de desconstruir os pensamentos preconceituosos das pessoas. Além disso, o Ministério da Justiça, precisa garantir que o Estado cumpra a lei, a partir da construção de moradias para assegurar uma moradia digna as pessoas. Assim, poder-se-á afirmar que o Brasil oferece mecanismos para combater as precárias condições das pessoas que vivem nas ruas.