Enviada em: 27/10/2017

A Constituição de 1988 tem como objetivos fundamentais a construção de uma sociedade justa, solidária e na erradicação da pobreza. Entretanto, quando questões sociais, como estas que foram apresentadas, são negligenciadas a consequência é um intenso processo de exclusão social, sendo uma das marcas deste a população que passa a morar nas ruas. Com efeito, a ação conjunta entre sociedade civil e governo com o fim de atenuar as desigualdades é medida que se impõe.           Ademais, segundo a escritora graduada em serviços sociais Eunice Teresinha Fávero em sua obra "Questão Social e Perda de Poder da Família", em um ambiente no qual as condições de saúde, habitação, educação e trabalho são frágeis a família perde seu poder. Assim, sendo a família a primeira instituição socializante do ser humano, quando esta se enfraquece as consequências são muitas vezes o abandono do lar, vicio em drogas e a exclusão que levam boa parte dos indivíduos a abandonar seus lares e irem para as ruas. Isso ocorre, em grande parte pela ausência de politicas publicas que sirvam de suporte a lares que se encontram em situação de pobreza e marginalização.           De outra parte, como pontuou o sociólogo Zygmunt Bauman em seu livro "Modernidade Líquida"  uma característica marcante da sociedade contemporânea é o individualismo e a efemeridade das relações. Dessa forma, grande parte dos membros da comunidade não estão interessados em mudar a realidade que os cerca, ao invés disso se afastam ainda mais dos problemas que julgam não ser deles. Por conseguinte, o reflexo dessas atitudes nos espaços urbanos são a segregação, o desrespeito, indiferença e violência que permeiam o cotidiano dos moradores de rua.          Em suma, é certo que o desamparo às famílias carentes e a falta de projetos que garantam o bem estar delas é um grande fator que causa esse problema. Dessa forma, os Ministérios do Desenvolvimentos Social, e da Cidade devem agir de forma conjunta para garantir o bem estar dos cidadãos. Assim, cabe ao primeiro desenvolver um plano de abrangência nacional de ações afirmativas que ofereçam assistência as pessoas marginalizadas, por conseguinte o das cidades seria responsável por mitigar as desigualdades sociais nas ruas, disponibilizar moradia e deixar o espaço urbano mais humanizado, através da ação conjunta entre governo e cidadãos em mutirões da cidadania nos quais se faria a distribuição de cobertores e casacos nas épocas de frio, disponibilização de e roupas e calçados novos, banho, cortes de cabelo, assistência medica e ortodôntica.