O problema social quanto aos moradores de rua no Brasil não é uma questão atual.Desde a revolução industrial com o êxodo rural e o avanço do capitalismo e da especulação imobiliária,pouco foi feito para resolver a situação.Nesse sentido,visando que a condição de rua fere os direitos humanos é inadiável medidas para amenizar a problemática. De maneira primacial,fatores históricos influenciam na existência dos sem-tetos,além da má distribuição fundiária causada pela política das sesmarias no Brasil Colonial,durante a libertação dos escravos,por não haver amparo social,a maioria dos libertos ficou em situação de rua.Outrossim,a desorganização urbana e a especulação imobiliária dificultam o acesso à moradia.Ademais,a falta de emprego,o vício em álcool ou drogas e problemas com os familiares também são fatores que aumentam a quantidade de desabrigados.Como bem afirmou Gilberto Freyre ,em Casa Grande Senzala,a arquitetura é uma forma de manifestação sociocultural e também de poder. De modo antagônico,mesmo com movimentos sociais,como o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto,o cenário está longe de ser solucionado.A condição em que vivem as pessoas sem moradia contradiz a Constituição brasileira,que afirma que todo cidadão possui o direito de ter moradio,alimentação e segurança,uma vez que,estas pessoas se encontram desabrigadas,sujeitas ao frio,à fome e à violência.Além disso,a imparcialidade dos governantes municipais e estaduais,o preconceito da população e a omissão dos meios midiáticos quanto aos moradores de rua,pioram o problema. Destarte,ações são irrefutáveis para resolver a problemática.Cabe ao Ministério da Saúde promover projetos de auxílio e tratamento para os dependentes químicos e em álcool,reinserindo-os novamente na sociedade,além de disponibilizar acompanhamento com psicólogos e assistentes sociais,através do Sistema Único de Saúde.Compete,ainda, aos deputados e senadores elaborar leis e projetos que assegurem os direitos sociais,bem como parcerias público-privadas que empreguem estas pessoas.Por fim,o papel das ONGs,dos meios midiáticos e das comunidades é fundamental neste processo.