Invisíveis Virar o rosto para pessoas que mendigam moedas nas calçadas tornou-se corriqueiro na vida do brasileiro. Desde a transição de nômades a sedentários, as pessoas que não possuem moradia são ignoradas e tratadas como invisíveis. Tanto o problema dos moradores de rua quanto a atitude social perante essas pessoas podem ser compreendidos por fatores: psicológicos e de falta de comprometimento governamental em desenvolver a infraestrutura necessária para solucionar essa problemática. Martin Seligman, brilhante psicólogo comportamental, descobriu por meio de testes feitos em cachorros que pessoas que passaram por grandes dificuldades na vida, principalmente na infância, sem conseguir solucioná-la, têm grandes chances de desenvolver uma condição chamada de desamparo aprendido. Tal condição faz com que nos próximos desafios enfrentados pelo indivíduo ele se sinta incapaz de resolve-los, permanecendo assim em um estado de inércia. Grande parte dos moradores de rua vivem nessa condição devido a problemas sociais e familiares por eles sofridos, vivem seus dias sem esperança de uma vida melhor, já que nem mesmo seu país olha por elas. Somado a isso, o país não possui infraestrutura alguma para dar suporte àqueles sem casa. Em países como a Inglaterra todos os mendigos são hospedados em albergues e podem fazer suas refeições por um preço ínfimo. No Brasil a invisibilidade perante a sociedade é também refletida nos olhos do governo, onde pouco ou nada se faz de efetivo para combater esse terrível problema social. Logo, é preciso que o governo federal de mais atenção às pessoas que não possuem lugar para morar nem para comer. Medidas utilizadas por países de primeiro mundo como, a criação de albergues e refeitórios para mendigos devem ser implementadas gradualmente. Somado a isso é necessário que a sociedade como um todo seja educada por meio de programas televisivos de alta audiência sobre o problema que o país vive.