Enviada em: 07/04/2018

Invisíveis à cidadania   Sob a perspectiva de São Tomás de Aquino, todos os indivíduos de uma sociedade possuem uma mesma importância, além dos mesmos direitos e deveres. No entanto, percebe-se que, no Brasil, os moradores de rua compõe um grupo altamente desfavorecido em relação a sua representação social, haja vista que o país enfrenta uma série de desafios para atender essa demanda. Nesse contexto, torna-se evidente a carência de atitudes que visem melhorar tal problemática social.   A princípio, é indubitável que a questão constitucional em conjunto com a marginalização desse grupo estejam entre as causas do problema. Segundo o filósofo grego Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. De maneira análoga, é possível perceber que, no Brasil, a exclusão social rompe essa harmonia, visto que, apenas em São Paulo, 15.905 pessoas estão nas ruas sobrevivendo, infelizmente, às medíocres condições oferecidas pela nossa sociedade elitizada.   Outrossim, é válido destacar os empecilhos que impedem o problema de ser resolvido. Segundo o livro ''Cama de cimento'' de Tomás Chiaverini, a quebra do laço social, bem como o apego aos bens, dificultam a ressocialização desses indivíduos. Seguindo essa linha de pensamento, observa-se que, mesmo existindo a presença de grupos de apoio, o número de moradores de rua tende a aumentar caso não haja o controle das adversidades encontradas em nosso país, como a falta de escolaridade, vícios em geral, desemprego, entre outros.   É evidente, portanto, que ainda há entraves que visem a construção de um mundo melhor. Destarte, o Governo Municipal deve investir em centros solidários e de reabilitação social por intermédio de verbas federais, promovendo a participação mútua, desses e dos demais grupos, aos eventos. Como já dito por Paulo Freire, a educação transforma as pessoas, e essas mudam o mundo. Logo, o Ministério da educação (MEC) deve instituir, nas escolas e em praças públicas, palestras ministradas por psicólogos, que discutam o combate a segregação, a fim de que o tecido social se desprenda de certos tabus e não viva a realidade das sombras, assim como na alegoria da caverna de Platão.