'' Vida, Liberdade e Propriedade''. De acordo com o pensador John Locke, esses seriam os Direitos Naturais do Homem. No Brasil, entretanto, tais direitos, muitas vezes, não são verificados em relação aos moradores de rua. Sob tal ótica, deve-se analisar como a inobservância governamental e social em consonância com a dificuldade de reintegração influenciam na problemática. A princípio, no contexto da Revolução Gloriosa, a massa vivia uma condição desfavorável com a negligência do Estado. No nosso país, os desabrigados não apenas sofrem com o descaso do governo, como também da sociedade, haja vista que atualmente são perceptíveis fracos vínculos humanos. Ademais, a insensibilidade de agir como se tal parcela demográfica rejeitada não fizesse parte da realidade brasileira, é proveniente de interesses individuais egoístas. Não obstante, a conjuntura enfrentada desassistidas de amparo caracteriza-se também por estarem fora do contexto social. Isso ocorre majoritariamente pelo abandono familiar, desemprego ou vícios, causando o rompimento e desintegração com a sociedade, ademais, muitos desabrigados não aceitam se alojar em ONGs por não ser permitido grandes pertences e cães. Torna-se evidente, portanto, para que os Direitos Naturais defendidos por John Locke não sejam apenas proposição teoria, é necessário que ONGs e o Estado juntos criem medidas de reintegração através de programas com o objetivo de gerar oportunidades de emprego e com subsídios estatais sejam criados alojamentos para os moradores de rua com espaço destinado aos animais, para que os donos se sintam melhor acolhido, além de arrecadamento de roupas e alimentos por parte da população por meio de campanhas.