Enviada em: 01/08/2019

A razão instrumental foi um termo criado pelo filósofo Max Horkheimer para descrever as novas relações ocidentais. Segundo ele, as ações sociais se baseavam no conceito de eficiência e praticidade, ou seja, desenvolvendo uma razão sem reflexão. Neste sentido, o que se observa é a ascensão de novas formas de totalitarismo advindas do progresso tecnológico, em que o anseio pelo desenvolvimento impede a preocupação com os impactos sociais.      Em primeiro plano, é válido ressaltar que a tecnologia cria uma ilusão de liberdade. De acordo com o filosofo contemporâneo Sartre, o ser humano está fadado a ser livre, tendo que lidar com as angustias que tal responsabilidade traz. No entanto, é possível notar pessoas sendo privadas de sua liberdade ao terem seus conteúdos online manipulados, como, por exemplo, sendo bombardeadas por anúncios baseados, em grande parte, por seus gostos pessoais.     Por consequência, criam-se pessoas alienadas, que não questionam o ambiente ao seu redor. No livro 1984, de George Orwell, todas as notícias e formas de informação são manipuladas antes de chegar aos cidadãos, assim, induzindo o pensamento e a emoção que tais fatos devem gerar no indivíduo. Analogamente, percebe-se que as mídias e redes sociais geram as chamadas "bolhas sociais", que impõem às pessoas um ambiente restritivo, em que não aprendem a lidar com ideologias diferentes da sua. Desta forma, cria-se uma geração sem sendo crítico.   Portanto, fazem-se necessárias medidas para amenizar tal problemática. Em suma, para que as pessoas tornem-se mais críticas acerca de sua realidade, urge que as escolas, visto que essas são responsáveis pela formação do indivíduo, criem um projeto intitulado "Futuro cidadão consciente". Nesse projeto, é preciso que sejam adicionadas discussões, junto às aulas de filosofia e sociologia, acerca do progresso trazido pelas tecnologias e como isso afeta a vida em sociedade, permitindo, assim, ser possível estourar as bolhas sociais criadas.