Enviada em: 09/08/2019

X-Men, grupo de personagens fictícios do universo cinematográfico da Marvel Comics, apresenta-se em uma sociedade em que as autoridades políticas e militares, as quais estão à procura de métodos para obter o controle total sobre as ações dos X-Men por meio de novas formas tecnológicas de totalitarismo, consideram eles uma incontrolável ameaça para o bem-estar social das pessoas. No contexto atual, fora da ficção, o cenário é ainda mais alarmante: o ser humano atrelou intrinsecamente a tecnologia à ampliação das novas formas de totalitarismo, de modo que reduziu as relações sociais interpessoais pelos integrantes dessa mesma sociedade.       Primeiramente, cabe destacar que a redução das relações sociais interpessoais resulta em danos colaterais aos indivíduos da sociedade devido debilitar a natureza social humana. Acerca dessa premissa, pode-se delinear um paralelo com a filosofia aristotélica do século V a.C, segundo a qual "o ser humano é um animal política e social": o que se vê hoje é que as novas metodologias totalitárias para obter o controle total sobre as ações sociais das pessoas por meio da tecnologia estão tão atreladas ao cotidiano do indivíduo social do país que as ações de socialização, as quais foram adquiridas por meio de constante convívio comunitário entre os seres humanos, estão reduzidas ao ponto do indivíduo se tornar um ser antissocial em virtude das alterações no comportamento psicossocial humano.       Paradoxalmente, o ser humano, o qual é considerado com um ser racional, está inserido em uma dicotomia: ao mesmo tempo em que está à procura de desenvolver projetos sociopolíticos para ampliar os direitos civis, sociais e políticos no sistema constitucional do país. No entanto, deixa a desejar no que se refere à liberdade autônoma das pessoas perante a tecnologia, haja vista que segundo as obras literárias: "1984" de George Orwell e "Admirável Mundo Novo" de Aldous Huxley, mesmo que a História afirme que houve tempos em que o totalitarismo exercia força em certos países, o ser humano obteve novas formas totalitárias de influenciar as ações comportamentais humanas por meio da tecnologia, a qual debilitou a capacidade de reflexão humana de modo que ele tornou um objeto de manipulação.       Portanto, as novas formas de totalitarismo na era tecnológica devem ser combatidas com a iniciativa do Ministério da Educação, em parceria com as escolas municipais, psicopedagogos e psicólogos, em realizar a implementação de debates socioeducativos, por meio de palestras, além da propagação de folhetins relacionados à prática de como identificar os interesses implícitos das pessoas quem produzem um determinado programa de televisão, site ou aplicativo, para que possa haver um trabalho de transformação na mentalidade dos brasileiros em relação à utilização certa da tecnologia.