A partir dos anos 2000 observou-se que o mundo vivenciou e vivencia a era tecno-digital. Aonde, as tecnologias, em especial, as tecnologias de informação e comunicação expandiram-se á todos os ambientes. Contudo, no cenário educacional Brasileiro, a “práxis tecnológica” é incipiente e atrasada, seja pelo conservadorismo do modelo educacional, seja pela insegurança e incapacitação dos professores. Segundo Paulo Freire, a tecnologia faz parte do desenvolvimento natural dos seres humanos, sendo um elemento para afirmação da sociedade. Portanto, é preciso a compreensão que o processo de ensino-aprendizagem depende da interação do homem com o meio. Contudo, a “demonificação” das tecnologias na educação atrasam o aprendizado dos jovens cada vez mais hiperconectados exigindo a dinamização do ensino com a inserção das tecnologias e afugentando o modelo tradicional de ensino baseado no “giz” e “quadro branco”. Por outo lado, a incapacitação dos profissionais em relação a aplicação das tecnologias em sala de aula também problematiza a questão. Esse problema é observado na formação acadêmica que não incentiva uma pedagogia tecnológica extensiva. Tal realidade é vista na pesquisa brasileira de tecnologia de informação e comunicação que revela que apenas 30% dos docentes apresentam letramento digital e uma práxis voltada ao universo tecnológico. Logo, a importância das tecnologias na educação é fundamental e sua universalização com qualidade deve ser assegurada. No eixo educacional, cabe ao Ministério da Educação promover cursos de capacitação e formação continuada sobre o uso das tecnologias no ensino fundamental, médio e superior. Ainda, as Universidades devem criar no programa curricular dos cursos disciplinas voltadas a aplicação de tecnologias em sala de aula e outros ambientes. Finalmente, o governo em suas três esferas (municipal, estadual e federal) deve criar um programa que fortaleça as estruturas escolares para o letramento digital, melhorando a infraestrutura e seus lecionadores.