Enviada em: 01/09/2017

O sistema educacional brasileiro é praticamente o mesmo de sessenta anos atrás. Alunos em série, professor na frente, cópia, memorização e hierarquia. A sala de aula quanto ambiente de ensino tornou-se rudimentar, arcaico. As gerações avançaram, o mundo avançou, e a escola ficou para trás. E o que ‘ficar para trás’ influencia na vida do estudante quanto parcela importantíssima da sociedade?   Hoje, o acesso a informação é muito rápido e fácil, por isso, ensinar ao aluno autonomia pode ser mais proveitoso do que blocos engessados de assuntos. Um aluno com autonomia é independente, é livre, e vai direcionar sua curiosidade para o que realmente lhe interessa, o que realmente lhe parece útil, tornando-se um adulto mais centrado. Mas, em primeiro lugar, é de muita importância incentivar a vontade de estudar, a criatividade e a curiosidade, e diminuir o espaço hierárquico entre quem ensina e quem aprende, pois não é só o professor que é detentor de todo o conhecimento, a educação efetua-se mais eficiente quando existe uma troca entre esses elementos.   A tecnologia avançou e o mundo mudou, mas a sala de aula ainda é a mesma, o que muitas vezes é a causa do desinteresse estudantil. O mundo fora da escola corre, enquanto o que é acontece dentro dela anda em passinhos minúsculos. Se a atenção do aluno está voltada para a tecnologia, porque não introduzi-la no processo pedagógico? Inclusive, a interação entre aluno-professor-tecnologia pode ajudar em relação ao problema do distanciamento entre docentes e discentes.   Em síntese, é necessário excluir a ideia de que mudanças precisam ocorrer de forma radical, ou não ocorrer. Principalmente quando se fala em sistemas inteiros como o educacional, é preciso haver uma adaptação gradual, para que todas as parte se sintam confortáveis e acompanhem o passo das mudanças. Desenvolver métodos de ensino que descartem a memorização e a cópia excessiva, é uma direção a ser seguida pelos educadores que tem o contato direto com seus pupilos, além de se aproximar cada vez mais de quem aprende, desconstruindo a ideia de hierarquia enraizada. Por outro lado, é responsabilidade do Ministério da Educação contribuir para essas mudanças através de investimentos e em conjunto com docentes e, principalmente, estudantes estimular e pensar em novas formas de aprender e ensinar. Tornando o meio acadêmico mais acolhedor e provocador.