De acordo com o educador e filósofo Paulo Freire, o indivíduo ao ingressar em uma escola deve receber uma educação crítica, tornando-se um ser pensante e liberto das amarras opressoras. Contudo, os desafios de promover a permanência do ensino, bem como a exclusão intraescolar precisam ser solucionados. Segundo o Censo de 2005, de 33,5 milhões de matriculados no ensino fundamental, 4,3 milhões reprovaram. Desta forma, evidencia-se que apenas o acesso à educação não é obstante para solucionar a permanência de alunos nas salas de aula. A desmotivação dos professores em função do despreparo e os baixos salários são aspectos consideráveis que justificam a baixa produtividade destes profissionais, acarretando em aulas desmotivantes e pouco produtivas. Conjuntamente, a desvalorização salarial e a falta de capacitações para o enriquecimento do trabalho pedagógico, também favorecem o declínio do processo educacional. Outrossim, a exclusão intraescolar, na qual alunos ingressam nas escolas, mas não adquirem as habilidades previstas, relaciona-se com práticas pedagógicas não coerentes com suas realidades, além do sentimento de não pertencimento à instituição educadora. Neste mesmo contexto, a discriminação racial também se faz presente, pois os dados mostram que há uma discrepância dos anos de estudos entre crianças brancas negras. Segundo levantamentos, a média de estudo de alunos de 7 a 14 anos brancos é de 4,48, enquanto de alunos negros é inferior, correspondendo a 3,78 anos. Afirmando que a cor da pele é influente para a educação. Em suma, podemos concluir que nosso país precisa de reformulações na educação. Nesse prisma, é necessário concluir a meta 20 do Plano Nacional de Educação (PNE), onde está previsto a destinação de 10% do PIB para a educação. Esta verba pode ser aplicada para a melhoria da infraestrutura, com a construção de escolas, compra de materiais, capacitações para professores, pedagogos e gestores, contribuindo para um trabalho mais enriquecedor e compatível com os estudantes.