Enviada em: 04/08/2019

O "super-homem" idealizado pelo célebre filósofo Nietzsche, caracteriza o indivíduo capaz de livrar-se das amarras sociais. Entretanto, ao que tudo indica poucos parecem entender essa lição no que diz respeito ao abuso do álcool. Com efeito, faz-se necessário o controle do consumo de bebidas alcoólicas na sociedade brasileira, haja visto que essa problemática é associada a questões sociais e sanitárias.        Em primeiro plano, o consumo excessivo do álcool por jovens evidencia o desconhecimento acerca dos males que esse abuso pode ocasionar. Nesse contexto, a nuturza inconsequente de parcela da juventude brasileira tem raízes no Movimento de Contracultura, em meados do século XX, cuja postura de libertinagem e imprudência se manifestavam como forma de protesto político e social. Todavia , essa característica herdada do Movimento Hippie se perpetua na contemporaneidade e não é efetivamente orientada pelo Estado, tendo como uma das principais consequências o consumo precoce de bebidas alcoólicas e ao risco para a dependência de qualquer outro tipo de droga.         Por outro plano, o abuso do álcool fragiliza a saúde física e psicológica do consumidor. A esse respeito, ao ingerir tal composto orgânico, inicialmente há liberação da dopamina, substância que está ligada à sensação de prazer, que com o passar do tempo o cérebro passa a associar os bons momentos com a bebida, o que pode ser o estopim para a dependência dessa droga ilícita. Outrossim, o álcool quando chega ao fígado é convertido em uma substância conhecida por aldeído, altamente tóxica e responsável por problemas de saúde, como cirrose. Assim, nota-se que o consumo indevido de destilados podem trazer inúmeros efeitos nefastos em todo corpo. Contudo, não é razoável que, mesmo objetivando ser Estado Desenvolvido, ainda seja tão comum no país o abuso alcoólico.        Mediante aos fatos expostos, é mister que haja um controle sobre o consumo de álcool na sociedade brasileira.Sendo assim, as escolas competem, por meio de palestras e aulas direcionadas, veicular conteúdos capazes de corroborar para uma reflexão crítica sobre o consumo imprudente da bebida supracitada, com vistar a motivar alunos a repudiar o abuso inconsequente do álcool. Ademais, o Ministério Público Federal, mediante ações judiciais e apropriando-se de princípios da Lei Seca de 2008, deve obrigar indústrias produtoras de bebidas alcoólicas a informarem em seus rótulos os danos que a ingestão do álcool pode causar ao organismo - tal como ocorre em embalagens de cigarro- , bem como proibir a publicidade desse produto, com o objetivo de minimizar o consumo dessa substância.