Enviada em: 05/08/2019

Sabe-se que as bebidas alcoólicas são consumidas desde a antiguidade, sendo de acordo com a história, motivo crucial da morte de Alexandre, o Grande. Trazendo essa afirmação para os dias atuais, percebe-se que o alto teor a ser inserido e a inserção precoce dos jovens no alcoolismo, tem alertado os profissionais da saúde. Entender as causas desse processo para combater determinadas posturas é fundamental se quisermos construir uma sociedade mais saudável. Em primeira análise, vale destacar que o álcool é uma droga que apesar de ser legalizada, causa dependência e consequentemente prejuízos à saúde. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 3,3 milhões de pessoas no mundo morrem em decorrência do álcool, provando que se trata de uma pandemia. Aliado a isso, vê-se que por ser um consumo banalizado, há um aumento recorrente da utilização entre os adolescentes, comprometendo a saúde da sociedade e sendo componente responsável para a crescente do vício. Ademais, é indubitável que o retorno financeiro das bebidas alcoólicas é o principal fator que impede o impasse de ser resolvido. O alto número de comerciais de cervejas no Brasil, que utilizam a imagem da mulher, visto que o consumo é mais frequente entre os homens, associado com a alta temperatura da maior parte do país, são os gatilhos para a ingestão do produto, influenciando milhares de brasileiros sem discernir a idade. Por consequência, nota-se no Brasil que as pessoas bebem 2,5 litros a mais que a média mundial. Desta forma, torna-se necessário a mudança de cenário para uma perspectiva melhor de futuro, não para acabar com o consumo de álcool, mas para diminuí-lo, na tentativa de torná-lo apenas recreativo. Portanto, é de extrema importância que o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (CONAR) atue de forma incisiva nos comerciais de bebidas alcoólicas, afastando a imagem da mulher como objeto, e do verão caloroso do Brasil como ferramentas para uma maior venda. Além disso, é interessante limitá-los para a faixa horária noturna, na qual há o menor número de adolescentes como telespectadores. Outrossim, é vantajoso o papel do Ministério da Saúde como agente essencial no combate ao vício, oferecendo assistência pública para aqueles que sofrem com a doença e também, organizando palestras nas instituições de ensino e comerciais televisivos obrigatórios, para alertar sobre os males que o alcoolismo causa em âmbitos individuais e sociais. Dessa forma, a quantidade média de álcool tenderá a ser diminuída, fazendo com que a sociedade se torne mais saudável.