Enviada em: 27/06/2017

Não só no âmbito internacional, os desafios propostos pelo jogo popularizado como Baleia Azul marcou sua presença também em território nacional. O assunto que não havia sido amplamente debatido veio à tona após suas primeiras vítimas. Entre outros aspectos, a incidência de suicídios decorrentes ao jogo atestou a invisibilidade patológica daqueles que tem depressão.      Trabalhos recentes apontam a doença como decorrência de processos inflamatórios cerebrais quimicamente desestabilizantes. A incompreensão destes aspectos clínicos suscitou uma onda de ideias que associam a doença apenas à tristeza. Neste aspecto, a passividade perante aqueles que precisam de ajuda, apoio e tratamentos de suporte emocional, levou a da invisibilidade ao suicídio.      Ademais, a restrição do campo de pesquisas sobre o tema, intrínseca à inercia médica estagnou as formas de tratamento, hoje, restritos aos calmantes e antidepressivos. Levantamentos da Anvisa mostram que em 5 anos o consumo de antidepressivos aumentou 50%. Ainda sob tratamentos com estes, de acordo com a OMS, o número de pessoas vivendo com depressão aumentou cerca de 18% entre 2005 e 2015, somente no Brasil.      O sucesso associado à luta contra mais casos de suicídio está inerte ao tratamento da depressão. o reconhecimento do problema como uma doença clinica e tratável mostra-se eficaz conjunto a reajustes cotidianos. Prática de exercícios físicos , sono saudável, conexão e interação social são pontos importantes e devem ser o foco do tratamento.      Assim, a invisibilidade do problema mostrou-se como o maior obstáculo na luta contra o suicídio e a depressão. A expansão e o aprimoramento de serviços pela saúde mental devem ser buscados e defendidos pelo governo. Pesquisas e desenvolvimento acadêmico e do campo cientifico devem ser imprescindíveis por universidades e ministério da saúde. Ademais, investimentos sociais em aspectos públicos com suporte para pessoas com depressão que mostrem a importância do reconhecimento patológico da doença devem ser promovidos por ONG's e pela mídia nacional.