Enviada em: 04/07/2017

É uma época de fluidez, é o que afirma o grande sociólogo polonês Zygmunt Bauman. Bauman é o grande responsável, na contemporaneidade, por problematizar o comportamento humano. Esse, por sua vez, formula o conceito da modernidade líquida, onde reúne o conjunto de instituições, relações sociais e operantes comportamentais nas redes sociais como grandes responsáveis pelo artificialismo da sociedade em vigência. Nesse contexto, temos a questão da depressão na sociedade, problema esse moldado pelos novos modos de socialização (físico e social) que regem o espaço moderno, sendo impulsionado pela grande falta de conhecimento acerca de tal problemática.  Em meados dos séculos XIX e XX a Europa entrara em uma crise profunda, de acordo com Émile Durkheim, sociólogo francês, a origem da situação seria uma deficiência na moral em orientar adequadamente os indivíduos e suas condutas. Nesse sentido a depressão tanto fere preceitos sociais e morais, como também resulta nas consequências nefastas da intrínseca mudança na mentalidade juvenil. A depressão, portanto, está relacionada também com o contexto social de cada época. O indivíduo passa a ser visto como um objeto, que compra e é comprado, tomado pelo sistema, que toma seu tempo para fazer do trabalho o ideal de vida, para fazer que sua individualidade dependa sempre da aprovação dos outros, imerso em uma sociedade narcisista. Ele é, portanto, sempre um “outro”, nunca um “eu”.  De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), pelo menos 350 milhões de pessoas sofrem desse mal no mundo. No Brasil, de acordo com um levantamento nacional da Universidade Federal de São Paulo, um terço da população brasileira apresenta sintomas de depressão Segundo a OMS, 15% dos depressivos comentem suicídio. Estima-se que uma a cada cinco pessoas apresenta a doença atualmente, destacando-se a individualização como um dos principais impulsionadores do problema. Ainda sob ótica de Durkheim, o suicídio -consequência do evento- é gerado pelo ''afrouxamento'' dos laços entre o indivíduo e a sociedade. Segundo o autor Augusto Cury, “nunca se deve desprezar as pessoas deprimidas, pois a depressão é o último estágio da dor humana”.  Dessa forma, é nítido que os impactos promovidos pela depressão são de total negativa para a saúde do individuo e do espaço no qual se encontra inserido. Portanto,governo em parceria com o Ministério da saúde devem contratar mais psicólogos e terapeutas ocupacionais. Outrossim, devem adotar métodos de tratamentos mais eficazes como é o caso de atividades que possam ajudar no bem-estar desses pacientes, mas é por parte da família que deve haver a aproximação com o individuo ajudando-o a se inserir na sociedade por meio de conversas e estimulando a frequentar o psicanalista.