Enviada em: 26/07/2017

O inverno da alma   Desde os primórdios do processo de formação do Estado brasileiro, questões de saúde mental são deixadas em segundo plano. O indivíduo, principalmente o jovem, sempre se debate ao ter que realizar escolhas, mas a vida é repleta delas através de caminhos a serem trilhados, os quais o destino muitas vezes é incerto. Dessa forma, surge o transtorno do aumento da depressão entre os jovens no Brasil, seja pela baixa autoestima, seja pela dificuldade de tratamento.   Relacionado à percepção negativa que a juventude tem de si mesmo, pode-se afirmar que ela se dá pelas adversidades que eles encontram cotidianamente. Sabe-se que a depressão atinge os mediadores bioquímicos envolvidos na condução dos estímulos através dos neurônios, atuando para que o ser se sinta desestimulado, triste e com baixa autoestima. Entre os fatores sociais que induzem os adolescentes a essa doença, fazendo com que se sintam rejeitados, estão os casos de bullying nas escolas e as agressões verbais e físicas àqueles que se reconhecem como gays.    Outrossim, segundo dados divulgados pela BioMed Central (BMC), em 2011 o Brasil era o terceiro país mais deprimido do mundo. Grande parte da população depende do Sistema Único de Saúde (SUS) para tratar suas enfermidade e encontra, na maioria das vezes, uma grande fila de espera para conseguir uma consulta. O transtorno depressivo é agravado pelo estigma que o associa com fraqueza, inadequação e principalmente pela dificuldade em ter acesso a tratamentos.    A enfermidade mental que assombra a camada jovem da nação, portanto, está diretamente relacionada com os contrapontos enfrentados por estes aliado à dificuldade em conseguir tratamento. Desse modo, a fim de atenuar está problemática o Governo, por meio do Ministério da Educação, deve realizar um treinamento à profissionais da educação, para que eles sejam capazes de identificar tendências depressivas, e dispor de livros que retratem esta patologia, visando o debate e a reflexão. Ademais, cabe ao Ministério da Saúde realizar uma reforma que disponibilize piscoterapêutas na Atenção Primária à Saúde (APS). Dessa maneira, o inverno da depressão começará a  ser aquecido.