Enviada em: 06/09/2017

A segunda geração do Romantismo brasileira, no século XlX, ficou conhecida como Ultrarromântica e sua produção literária é marcada pelo egocentrismo, angústia e pessimismo, tendo, muitas vezes, a valorização da morte como escapismo. De maneira análoga, a manifestação de sentimentos negativos, no Brasil contemporâneo, tem se intensificado e há um aumento no número de casos depressivos, colocando o país em terceiro lugar dentre os mais deprimidos do mundo. Nota-se, nesse sentido, que esse quadro clínico atinge fortemente os jovens, uma vez que as novas tecnologias e a família têm grande influencia sobre eles.             É indubitável que o avanço das tecnologias da informação tem causado mudanças significativas nos jovens. Isso ocorre porque esses indivíduos possuem um maior contato com essas inovações e gastam grande parte do seu tempo no meio virtual. Segundo o sociólogo Émile Durkheim, o indivíduo é fruto da sociedade, ou seja, suas ideias, condutas, concepções, valores e maneira de agir são influenciados pelo meio em que vive. Seguindo essa linha de pensamento, observa-se que a pessoa que passa muito tempo nas redes de comunicação se distanciam da realidade, uma vez que a interação não acontece diretamente. Assim, as relações tendem a ser fluidas e momentâneas fazendo com que muitas pessoas se sintam sozinhas e deprimidas.           Outrossim, destaca-se a falta de convívio e interação familiar como impulsionador da depressão. Com o fim da Guerra Fria e a ascensão do capitalismo, como, também, a inserção da mulher no mercado de trabalho, as relações de pais e filhos sofreram mudanças. Isso decorre porque o tempo, na contemporaneidade, é um obstáculo que distancia muitas pessoas por estarem trabalhando ou, quando em casas, estão muito cansadas e acabam, sem perceber, não dando muita atenção à seus filhos. Como resultado, a família não tem conhecimento das consequências disso ou ainda possui um olhar para a doença de maneira fútil e superficial, desconsiderando que ela ocasionar até mesmo a morte.           Fica evidente, portanto, que as relações entre pessoas tem sofrido mudanças que geram doenças como a depressão. A fim de que essa situação seja revertida, segundo Immanuel Kant, o indivíduo é aquilo que a educação faz dele. Assim, o MEC deve promover, em escolas e universidades, palestras sofre as novas tecnologias da informação, mostrando seus pontos positivos e negativos e associando seu uso ao desenvolvimento de doenças para que todos tenham o conhecimento. Ademais, a Receita Federal deve cobrar menos impostos de empresas que adotarem carga horaria mais flexível, fazendo com que o contato pai e filho aumente e, dessa maneira, minimizar as chances desses jovens vir a desenvolver depressão.