Enviada em: 06/09/2017

Depressão: o tabu do século XXI      Segundo Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, a falta de solidez nas relações sociais, políticas e econômicas é características da ''modernidade líquida'' vivida no século XX. Os grandes índices de depressão entre os mais jovens, advindos de um acobertamento do assunto, refletem essa realidade. Nesse contexto, há dois fatores que não podem ser negligenciados, como o auxílio aos adoentados e a discussão sobre o distúrbio.      Em primeiro plano, vale ressaltar que, a falta de ajuda aos enfermos atribui uma banalização da doença. Em suma, embora os números aumentem, alarmando ainda mais essa questão que já é quase silenciada, o pensamento preconceituoso e discriminatório ainda está enraizado na população. Uma representação disso está na série ''Os 13 porquês'', no qual a jovem Hanna Baker, que sofre de depressão e bullying, tem esses problemas ignorados e vistos como ''frescuras''.      Ademais, convém frisar que, a carência de debates em cima da pauta elencada é um fator percursor na ineficácia da erradicação do tal. Sobretudo, a transição da infância para a adolescência, na maioria das vezes, é um período de inseguranças, oriundas de um possível julgamento sobre as transformações no corpo, no qual, podem acarretar o surgimento de uma depressão. Por conseguinte, a ausência de ênfase no problema entre as relações sociais gera o desconhecimento, de tal forma que, a vítima e as pessoas á sua volta não se tornam capazes de oferecer ajuda para a solução.      O combate a liquidez citada inicialmente, a fim de conter o avanço do combate da depressão, deve tornar-se efetivo, uma vez que o surgimento da discussão seja ativo. Sendo assim, desde que haja parceria entre governo, comunidade e família, será possível amenizar o problema em questão, construindo uma sociedade livre de tabus e aberta para quaisquer questões importantes.