Enviada em: 11/09/2017

Depressão: um perigo real mitificado pela sociedade    Segundo estudos da antropologia teológica, a humanidade teve uma distorção na sua forma de interpretar o mundo, passou de ser para ter. Essa mudança causou um impacto direto no mundo e, em especial, nos jovens que passaram a preferir acumular aparelhos eletrônicos a desenvolver habilidades, sejam elas físicas ou mentais. Contudo o ter não parece suprir as necessidades tão bem quanto o ser, isso se comprova no constante aumento no número de casos de depressão no Brasil.       Essa necessidade de ter gera o consumismo exacerbado, que causa uma falsa felicidade cessante pouco tempo depois, quando um novo modelo é lançado e o atual passa a ser antigo, mesmo recém comprado. Isso mantém a auto-estima baixa, podendo trazer uma série de maus psicológicos, desconfortos físicos, entre outros sintomas. Normalmente são apenas o indício de um quadro de depressão ou indicações de que pode evoluir para um.       A depressão na maioria das vezes é tratada pelos pais apenas como uma forma de chamar atenção, ou de conseguir algo, como se fosse apenas uma pirraça ao invés de uma doença. Por esse fato não tratam-na com a devida atenção, o que torna mais difícil de tratar e, assim, aumentando o número de casos registrados como crônicos.        Além dos pais, a própria comunidade não mostra como a doença é, seja em novelas, escolas ou outros meios públicos. "A existência precede a essência", já dizia Jean-Paul Sartre, ou seja, se tratam-na como uma simples forma de chamar atenção, é assim que todos irão pensar na mesma e esqueceram a "essência" dela, o fato de que é uma doença.       Medidas, portando, são necessárias para resolver o impasse. Cabe ao governo educar as crianças e jovens desde a escola, seja por meio de aulas especiais, ou por meio de eventos e palestras sobre o assunto. Pois, retomando Jean-Paul, se tratarem ela como uma doença, as pessoas tomarão mais cuidado e atenção com a depressão diminuindo o número de casos em território brasileiro. Além disto, também deve regular normas para a forma como a depressão é tratada em meios públicos, assim, evitando que a população crie e dissemine uma falsa imagem sobre a depressão, e releve casos que poderiam ser tratados facilmente se descobertos com antecedência.