Enviada em: 22/09/2017

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde – OMS, em 2015, 5,8% da população brasileira sofre com a depressão. Desse modo , percebe-se que esse transtorno afeta mais de onze milhões de cidadãos , entre eles jovens . Nesse contexto problemático de saúde publica, cabe ressaltar a forma errônea que o corpo civil lida com a adversidade e os fatores que levam a depressão.      Em primeira análise, convém frisar, que a depressão pode levar ao suicídio – ato que ainda é um tabu social. Sabe-se que , a doença considerada o “ mal do século” , é um estado de espírito que envolve tristeza profunda e desanimo .Diante disso , por não apresentar sintomas físicos “ aparentes” há um pensamento equivocado de uma parte da população que considera o distúrbio como “ frescura”. Vê se com isso, a necessidade de apontar nas esferas sociais os efeitos dessa problemática.         Outrossim, a transição entre a infância e a juventude é marcada por mudanças. Nesse viés, temos a presença do bullying nas escolas que corrobora com a baixa estima da vítima. Ainda , a displicência familiar que associando ao ideário da Modernidade liquida das relações , exposto pelo sociólogo Zygmunt Bauman , faz com que os pais não se atentem aos problemas dos próprios filhos e ignore-os , contribuindo para jogos com a “ Baleia Azul” que se aproveitam do desamparo dessas pessoas para os manipularem – e por vezes os levarem a suicídio.        Torna-se evidente, portanto, a premência por medidas a fim de prezar pelo bem-estar destes jovens. É mister, que seja veiculado nas mídias sociais debates com psicólogos que tenham em foco a orientação sobre a depressão, com o fito de conscientizar a população sobre o problema. Ademais, é recomendável que a OMS, em parceria com as escolas, promovam treinamento aos profissionais da educação para que por meio deles sejam ministradas palestras para os pais e jovens sobre as implicações do bullying e a respeito da depressão. Afinal, como afirma Platão o importante não é viver, e sim viver bem.