Enviada em: 12/10/2017

Ao descortinar o século XX, o advento da terceira revolução industrial e o viés capitalista com ela estabelecido, o aspecto de vida humana mudou. Como consequência, a busca pela ascensão financeira,  a escassez temporária, o padrão e a pressão social presentes no cotidiano do homem hodierno trouxeram a ele doenças psicológicas, dentre elas a depressão. No Brasil, o aumento de tal enfermidade é notado, principalmente, entre os adolescentes, o que retrata a necessidade de análise e combate a essa problemática.   De acordo com a pesquisa feita pela BBC Brasil, entre os anos de 1980 e 2014 , a depressão cresceu em 27,5% nos jovens de faixa etária de 15 a 19 anos. Nesse sentido, o adolescente está mais propenso a desenvolver tais doenças graças ao menor amparo social por estruturas sociais, como filhos, trabalho e casamento. Ademais, por serem primários no enquadramento social, a cobrança é mais elevada, a sociedade exige um padrão muito excludente, como a maneira de se vestir, o celular utilizado, a profissão a ser seguida, características essas que ampliam a utopia de felicidade e aumentam a exclusão por aqueles que não a alcançam.   Segundo o filósofo Arthur Schopenhauer, o homem é movido a constantes desejos e são eles que o fazem buscar aquilo que almejam. Entretanto, isso gera sofrimento, visto que há vontades que nunca chegam e causam frustrações no indivíduo. Por conseguinte, o trabalho excessivo para suprir os constantes desejos e a ausência de realização também propiciam ao jovem um quadro depressivo, devido ao estresse causado por aquilo que nunca é suficiente.   Ante  ao exposto, cabe ao Governo Federal um maior investimento na área de psiquiatria e psicologia presentes nos hospitais, como a implantação de antidepressivos nas farmácias populares e campanhas de saúde para prevenção; à escola, quebrar o tabu presente em discussões sobre psicopatologias. Cabe também à família estar atenta a sinais de depressão e propiciar todo apoio e estrutura àquele que a possui.