Enviada em: 12/10/2017

A Organização Mundial de Saúde define depressão como um transtorno mental caracterizado pela tristeza, baixa autoestima, perda de interesse, ausência de prazer e oscilações entre os sentimentos de culpa. Diante dessa perspectiva, pode-se afirmar que o número de brasileiros com depressão vem aumentando, principalmente entre os jovens, devido as inconstantes relações pessoais bem como a pressão social e digital.        Conforme o sociólogo polonês Zygmunt Bauman vivemos em uma modernidade liquida onde as relações interpessoais são inconstantes. Nesse sentido, observa-se que as relações entre os indivíduo são momentâneas e superficiais conseguindo ser facilmente rompidas ocasionando, assim, a substituição da coletividade pelo individualismo. Isso poder causar uma disposição ao isolamento social  onde as pessoas escolhem ter uma rotina solitária. Diante dessas relações socais inconstantes e frustradas muitos  jovens estão desenvolvendo quadros clínicos de depressão.       Outro aspecto a ser analisado é a maximização da  pressão social e digital. Isso acontece tanto pela autocobrança de si mesmo como pela cobrança da sociedade. Essa pressão social é caracterizada pelos padrões impostos de beleza, modo de vida, aquisições, entre outros, que trazem cobranças excessivas e comparações inconscientes. Nesse mesmo viés, acontece com a pressão digital na qual as redes sociais bem com a mídia cobrar padrões que, as vezes, nem são percebidos como, por exemplo, a perfeição na postagem de fotos, o que quando não acontece faz com que a autoconfiança e a autoestima diminuam. Alem disso, essa cobrança social com o tempo passa a ser uma autocobrança. esses fatores influencia no aumento de casos de depressão entre os jovens.       Torna-se evidente, portanto, que as inconstantes relações interpessoais e a pressão social e digital ocasionam o aumento no número de casos de jovens com depressão. Buscando minimizar essa situação cabe ao Ministério da Saúde promover medidas preventivas contra a depressão através da criação de centro de apoios que visem promover relações entre as pessoas com laços mais fortes para que essas não se sintam solitárias ou sozinhas. Por sua vez, as redes sociais e a mídia, devem produzir propagandas e anúncios objetivando amenizar as ideologias dos esteriótipos e padrões impostos pela sociedade a fim de diminuir a pressão social e digital e consequentemente tornando a pessoa feliz por ser como é. Paralelamente à isso, o Estado deve buscar proporcionar ações de promoção para dá assistência aqueles que já foram diagnosticados com depressão por meio de uma ampla atividade dos Centros de Atenção Psicossocial,  para que estes sitam-se aparados e que não estão só e possam superar essa doença.