Enviada em: 16/10/2017

O psiquiatra e escritor Augusto Cury trata, em seus livros, sobre diversas doenças mentais que atingem, cada vez mais, os brasileiros atualmente, dentre elas a depressão. Como ele mesmo diz, isso é um dos frutos da tecnologia e do desenvolvimento e os jovens são os mais afetados por estarem mais conectados. Dessa maneira, não só os adolescentes são prejudicados, mas também as suas relações e o meio em que vivem. Por isso, fazem-se necessárias medidas para o tratamento da doença com o intuito de mudar essa realidade.     É preciso considerar, antes de tudo, a mudança no estilo de vida dos jovens. Não é difícil de imaginar esta cena: vários alunos reunidos no intervalo escolar, mas, ao invés de estarem conversando, estão mexendo em seus celulares. Essa geração "smartphone" - os nascidos após 1995- cresceu com a tecnologia e está habituada a fazer amigos virtuais, porém tem dificuldade de mergulhar no real e ter relações sólidas. Em corroboração a isso, um estudo americano publicado no site BBC mostrou que, devido a essa grande conexão, os jovens de hoje são mais solitários, ansiosos e tristes.     Em virtude disso, a depressão cresce entre os adolescentes brasileiros e todos ao redor sentem. Quando um jovem está doente, as relações familiares ficam comprometidas, o rendimento escolar diminui, a pessoa não sente mais vontade de fazer pequenas coisas do dia a dia e nem pensa em projetos para o futuro. De modo geral, é um caso que vai se agravando aos poucos e, se não for percebido e tratado, tem consequências ainda piores: o suicídio, como evidenciado na série norte americana "Os 13 Porquês", em que uma menina que sofria de depressão tirou a sua própria vida.     Percebe-se, portanto, que o aumento da depressão entre os jovens no Brasil está ligado ao grande contato com a tecnologia e à dificuldade nas relações pessoais. Por isso, o Ministério da Educação pode destinar uma parte dos impostos recolhidos para a implementação de psicólogos nas escolas para identificar e tratar os jovens com a doença. As escolas, por fim, podem utilizar os livros de Augusto Cury em sala de aula de modo a debater sobre a depressão e o uso indiscriminado da tecnologia, com o intuito de criar laços entre os alunos como forma de prevenção. Dessa maneira, como dizia o líder Nelson Mandela: "Uma nova era irá começar".