Enviada em: 18/10/2017

Um tema que, vez por outra, volta aos debates diz respeito aos crescentes casos de depressão entre jovens. Fato preocupante, já que ocorre a luz do século XXI. Esse assunto, possui estreita ligação com o movimento literário ultrarromântico, iniciado na década de 50 no Brasil, que pregava a fuga da realidade através da valorização da morte. Assim evidenciando, a convivência histórica com essa mazela social, o que requer uma atuação mais empenhada da sociedade civil no sentido de evidenciar causas e buscar soluções para a problemática.      De fato, tal quadro psicológico sempre esteve presente no cotidiano nacional; no entanto segundo a OMS, Organização Mundial da Saúde, o números de casos depressivos, nos últimos vinte anos, aumentou drasticamente entre o grupo etário de 10 à 19 anos. Quando Zygmunt Bauman conceitua, a liquidez das dinâmicas sociais pós-modernas e a fugacidade de como as relações humanas se dão, ratifica a inconstância e rapidez presentes na ``geração Y´´. Nesse sentido, o problema é consequência da impossibilidade de conseguir seus objetivos de forma instantânea, logo, é comum, jovens desenvolverem depressão em razão da frustração e ansiedade.       Ademais, a construção do sucesso profissional como algo que deve ser conquistado cedo já se configura um fato social. Segundo Durkheim, essa lei sociológica determinada a forma de agir, pensar e sentir. Sob essa perspectiva, os objetivos impostos pela sociedade: de que sejam profissionais renomados e que constituam família, exercem significativa pressão sob esses jovens. Diante disso, o Brasil ocupa o 3º lugar no hanking mundial em quadros de depressão, atestando o constante estado de vulnerabilidade emocional dos brasileiros.      Fica claro, portanto, a vitalidade da cooperação entre as instituições formadoras de opinião e a sociedade civil no diagnóstico e prevenção entre os jovens desta mazela histórica, denominada depressão. Assim as Universidade, públicas e privadas, deverão destinar recursos para a implantação de projetos de assistência psicológica nas escolas e comunidades carentes a fim de democratizar o atendimento, atuando no diagnóstico e tratamento. Além de incentivar a formação de grupos de estudo e pesquisa sobre a depressão no intuito de promover avanço na prevenção e ampliar o debate no âmbito acadêmico. Ademais, as escolas irão oferecer cursos de capacitação aos pais abordando: como lidar com a doença e identificação da doença, focado na educação emocional, bem como criará rodas de conversas durante os intervalos com a supervisão de um psicopedagógo, para prevenir novamente a propagação de princípios ultrarromânticos.